Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Sokolowicz, Laura |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8145/tde-17042015-182950/
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Resumo: |
Este trabalho analisa aspectos de um período significativo do processo de gramatização do espanhol como língua estrangeira no Brasil, colocando em revista a produção de livros didáticos e, particularmente, a dos livros dirigidos ao ensino não formal. Estudam-se a conjuntura sócio-histórica e as transformações do mercado editorial buscando compreender um momento específico desse processo: a última década do século XX e a primeira do XXI. Nesse período houve um significativo crescimento da demanda pela língua, fato que disparou a produção e circulação de novos livros. Dessa forma, mapeia-se a chegada das produções espanholas ao Brasil, os possíveis efeitos que essa chegada provoca no setor editorial nacional e a série de transformações que ao longo desses vinte anos vão delineando âmbitos de ensino cada vez mais específicos (o formal e o não formal) e um mercado editorial cindido nas produções editoriais que atendem cada um desses âmbitos. Entendendo os livros como instrumentos linguísticos e objetos discursivos nos quais se projetam imagens sobre o processo de ensino, sobre a própria língua e sobre o sujeito aprendiz, focaliza-se o estudo do livro didático Gente, publicado pela editora Difusión (Barcelona, Espanha). Em um primeiro movimento analisa-se a capa de 1997 e as reformulações sofridas em 2004 e 2007, observando as transformações das diferentes materialidades significantes (verbal e não verbal); essa análise leva a indagar sobre as contradições que surgem quando um curso de espanhol para brasileiros (subtítulo da produção do livro de 2007) se filia ao Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas Aprendizagem, ensino, avaliação (2001). Num segundo movimento, a análise detecta como são projetados no interior do livro os espaços aos quais a língua espanhola é vinculada, antecipados na Introdução como as regiões e sociedades onde se fala espanhol. Os resultados nos levam a afirmar que o que se materializa nesse instrumento é a projeção de uma comunidade imaginada na qual a Espanha ocupa um lugar central: a hispanofonia. |