Conhecimento e percepção das mudanças climáticas globais no público universitário na megalópole de São Paulo e na Região SubAntártica Chilena

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Raimundo, Sabrina Gonçalves
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41132/tde-17102017-145852/
Resumo: O aumento do conhecimento sobre as Mudanças Climáticas Globais (MCGs) tem sido apontado como um dos elementos para o aumento da concordância e da preocupação pública com a ocorrência das MCGs. Contudo, existem poucas informações sobre a relação entre conhecimento e percepção no público universitário (graduandos, pós-graduandos e professores). Este estudo explorou esses fatores para o público universitário da Biologia da Universidade de São Paulo (IB-USP, São Paulo) e da Universidade de Magallanes (UMAG, Punta Arenas, Região SubAntártica do Chile). Para isso, dois questionários foram elaborados: (i) Avaliação do Conhecimento por afirmativas em quatro categorias - Climatologia, Efeito Estufa, Impactos e Eventos Extremos, sendo atribuídas notas relativas a cada bloco para cada participante; (ii) Levantamento da Percepção e da Concepção sobre a origem das MCGs utilizando para avaliação a Escala de Likert, variando de 1 (tendência mais cética) a 5 (mais antropogênica - concordância que as MCGs tem origem nas atividades antrópicas). Todas as análises foram realizadas pelo teste PerMANOVA e as correlações foram dadas pelo Teste de Spearman. Nas duas universidades, mais de 90% dos entrevistados dizem que as MCGs estão acontecendo e tem origem antrópica. Mais de 50% das pessoas de cada grupo apresentou nota geral em torno de 7, não apresentando diferença significativa entre si, excetuada a graduação da UMAG com média menor (5,74). Contudo, em ambas as universidades as menores notas foram em Eventos Extremos, mais de 40% dos graduandos e pós-graduandos tiveram notas baixas (entre 2 e 4) e cerca de 30% dos professores acalcançaram notas intermediárias (4-6). A graduação de ambas as universidades, apresentram correlação positiva fraca entre a nota geral e perfil antropogênico (GradUSP: r2=0,112, ρ=0,34; GradUMAG: r2=0,076, ρ=0,37), assim maiores notas estão relacionadas com perfis mais antropogênicos nesse grupo. Contudo, em todos os grupos, a nota de Climatologia apresentou correlação negativa, assim maiores nota menos antropogênicos os perfis, embora tenha sido mais forte na pós-graduação da UMAG e nos professores da USP (PosGradUMAG: r2=0,097, ρ=-0,444, e ProfUSP: r2=0,03, ρ=-0,345). Esses resultados podem ser incorporados às estratégias de comunicação e adaptação das MCGs