Identificação e localização das procineticinas e seus receptores no ovário de ratas com síndrome dos ovários policísticos induzida por esteroides sexuais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Araujo, Giulia Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5139/tde-06062017-090325/
Resumo: A síndrome dos ovários policísticos (SOP) é um distúrbio endócrino caracterizado por anovulação crônica e hiperandrogenismo. Modelos animais em ratas são usados para estudar processos complexos da SOP. As procineticinas (PROKs) são proteínas relacionadas a apoptose, proliferação vascular e regulação do sistema reprodutor. No entanto, seu padrão de expressão e função não são bem conhecidos no ovário com SOP. Este estudo propõe-se a identificar e localizar as PROKs e seus receptores nos ovários de ratas com SOP experimental. Foram utilizadas 33 ratas Wistar divididas em 3 grupos que receberam, entre o 1º e o 3º dia de vida, uma única injeção por via subcutânea de: propionato de testosterona (1,25 mg/0,1 mL, GT, n=12); benzoato de estradiol (0,5 mg/0,1 mL, GE, n=11) e óleo de oliva (0,1 mL, GC, n=10). Aos 90-95 dias de idade, os animais foram eutanaziados e os ovários removidos para avaliação da expressão gênica e proteica das procineticinas 1 e 2 e seus receptores por qRT-PCR e imunoistoquímica. A expressão dos genes Prok1 e Prok2 nos ovários de ratas do GT foi maior quando comparado ao GC (p=0,0157 e p=0,0354). Houve maior expressão da proteína PROK2 em células da teca interna (p=0,0049) e nas células intersticiais (p=0,0068) de folículos antrais nos ovários de ratas do GT em relação ao GC. PROK2 foi mais expressa em células da granulosa dos folículos pré-antrais comparado aos folículos antrais no GT (p=0,0098). Concluímos que as procineticinas estão expressas no ovário do modelo estudado em diferentes padrões, e que a PROK2 parece exibir maior expressão no grupo testosterona. Por apresentar papéis relevantes no controle do eixo hipotálamo-hipófise-gonadal, acreditamos que esses resultados podem abrir uma linha de investigação sobre o papel dessa proteína na fisiopatologia da síndrome