Desempenho e desenvolvimento ruminal de bezerros em sistema de desaleitamento precoce recebendo aditivos alternativos aos antibióticos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Silva, Jackeline Thais da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11139/tde-19042010-153459/
Resumo: Foram realizados dois estudos para avaliar aditivos alternativos aos antibióticos na produção de bezerros leiteiros em sistema de desaleitamento precoce. No primeiro experimento, foram avaliados os efeitos de mananoligossacarídeos (Bio-Mos®) quanto ao desempenho e parâmetros sanguíneos indicativos de desenvolvimento ruminal, além da via de fornecimento do aditivo. Foram utilizados 24 bezerros da raça Holandês, todos machos inteiros, em delineamento inteiramente casualizado distribuídos nos seguintes tratamentos: 1) controle; 2) mananoligossacarídeo (4 g/d Bio-Mos®, Alltech Biotech.) fornecido via concentrado inicial; 3) mananoligossacarídeo (4 g/d Bio-Mos®, Alltech Biotech.) fornecido via sucedâneo lácteo. Os animais foram alocados em abrigos individuais, com livre acesso a água, e passaram a receber 4L/d da dieta líquida, dividida em 2 refeições até o desaleitamento na sexta semana, e concentrado incial ad libitum. Diariamente, foi realizada avaliação do escore fecal. Semanalmente, foram realizadas pesagens, medidas de crecimento corporal e colheitas de sangue, para a determinação de glicose, N-uréico e -hidroxibutirato (BHBA) até a oitava semana, quando se encerrou o período experimental. Não foi observada diferença significativa (P>0,05) entre os tratamentos ou interação Tratamento x Idade para os parâmetros de consumo, ganho de peso, crescimento corporal e parâmetros sanguíneos. Entretanto, foi observado efeito de Idade para todos os parâmetros avaliados (P<0,0001). O escore fecal também não foi afetado pelos tratamentos, no entanto, os animais recebendo MOS via sucedâneo lácteo apresentaram médias numericamente menores nas duas primeiras semanas de vida, demonstrando menor ocorrência de diarréia. Não foram observados efeitos significativos (P>0,05) de tratamento ou da interação tratamento x Idade nas concentrações plasmáticas de glicose, N-uréico ou BHBA. No entanto, houve efeito de Idade nos parâmetros plasmáticos, sendo observadas concentrações crescentes de N-uréico e BHBA, indicando adequado desenvolvimento ruminal. No segundo experimento, foi avaliada a inclusão de substâncias húmicas no concentrado inicial e seus efeitos no desempenho e desenvolvimento ruminal. Foram utilizados 20 animais, todos machos inteiros, em delineamento experimental blocos completos aleatorizados, distribuídos nos seguintes tratamentos: 1) controle; 2) substâncias húmicas (SH, NutriHume®), fornecido via concentrado inicial. O manejo nutricional e os parâmetros avaliados foram os mesmos do primeiro experimento. Entretanto, os animais foram desaleitados na oitava semana de idade e foram abatidos para análise do desenvolvimento do trato digestório superior. Não houve efeito significativo (P>0,05) dos tratamentos ou da interação Tratamento x Idade para os parâmetros consumo de concentrado, ganho de peso ou medidas de crescimento corporal, embora tenha ocorrido efeito de Idade (P<0,0001). O escore fecal também não foi afetado pela inclusão de substâncias húmicas (P>0,05), embora os animais tenham apresentado com grande frequência escores que indicam ocorrência de diarréia. Não houve efeito da inclusão de substâncias húmicas (p>0,05) para as medidas morfométricas do trato digestório superior, número, largura ou altura de papilas do epitélio ruminal. Nas condições em que os experimentos foram realizados, os aditivos alternativos não apresentaram efeitos benéficos no desempenho, no desenvolvimento ruminal ou na saúde geral de bezerros leiteiros em aleitamento.