Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2006 |
Autor(a) principal: |
Vizioli, Simone Helena Tanoue |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16132/tde-08032010-161904/
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Resumo: |
De acordo com dados do Censo 2000, 24,5 milhões de brasileiros possuem algum tipo de deficiência, o que corresponde a 14,5% da população. Em São Paulo, chega a 1 milhão. Estes números ressaltam a importância da questão da acessibilidade ambiental aos portadores de deficiências. O objetivo principal deste estudo foi a determinação dos fatores limitantes na utilização do sistema de circulação de pedestres, pelo cadeirante. Esta pesquisa procurou verificar se estes espaços públicos cumprem sua função social sob a ótica do uso e da integração das pessoas de cadeiras de rodas. É apresentada uma discussão sobre a legislação de acessibilidade ambiental, sobre o uso dos espaços públicos de circulação, bem como, sobre as características da deficiência e da inclusão social no Brasil. A escolha do estudo da utilização dos passeios públicos, pelos cadeirantes, justificou-se por duas razões: em primeiro lugar, porque se tratam de espaços-chave na questão da acessibilidade ao representar a interligação entre o público e o privado e em segundo lugar, porque o cadeirante requer adaptações especiais que, ao serem atendidas, indiretamente, atingem outros grupos de pessoas como o idoso, o usuário de muletas, a gestante, o indivíduo com carrinho de bebê, enfim, toda a sociedade. A pesquisa de campo procurou verificar as condições de uso dos passeios públicos nos Distritos Sé e República, área central do Município de São Paulo. Partindo-se do pressuposto que um ambiente não deve ser avaliado somente pelos seus aspectos técnicos, mas também pela ótica de quem utiliza o espaço, optou-se pela aplicação de uma avaliação comportamental, variável básica da Avaliação Pós-Ocupação (APO). Destaca-se a importância em se conhecer o ponto de vista dos cadeirantes e dos não cadeirantes, para se poder propor soluções técnicas e políticas públicas. Os resultados deste trabalho permitiram constatar o estado de conservação e uso dos espaços públicos de circulação, hierarquizar os seus principais problemas e traçar o perfil dos seus usuários. Porém, ressalta-se que apenas os resultados de uma análise comportamental não são suficientes para afirmar quais parâmetros devem ser objetos de intervenção, pois se faz necessária uma comparação com avaliações técnicas, bem como, um estudo de viabilidade econômica e política. Concluindo, esta pesquisa é uma contribuição para a construção de uma cidade para todos, juntamente com a integração entre os setores público e privado, e com a troca de conhecimentos entre técnicos, profissionais, portadores de deficiências e acadêmicos. |