Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2005 |
Autor(a) principal: |
Almeida, Francisco Ribeiro de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12139/tde-16052022-112055/
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Resumo: |
A Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo (EEFE) realizou em 2003, 2004 e 2005 três ciclos de planejamento estratégico (PE). Em cada ciclo ocorreu uma reunião de dois dias com professores, funcionários e alunos. O processo de PE da EEFE é o objeto de estudo desta pesquisa que, usando o método de estudo de caso, responde as seguintes questões: por que a EEFE realizou o PE participativo, como foi conduzido o processo e quais foram os seus resultados? Há uma diversidade de fatores que levaram a EEFE a realizar o PE participativo, destacando-se: (a) a necessidade da escola ter uma direção estratégica; (b) o processo de isomorfismo; (c) o desejo da diretoria de melhorar o convívio entre os participantes das reuniões; e (d) a diretoria da escola que queria receber uma avaliação sobre o seu trabalho. Outro fator que contribuiu para a realização do PE participativo foi o fato da direção da EEFE conhecer facilitadores que pudessem auxiliar a condução das reuniões. A escolha do facilitador esteve intimamente ligada à escolha do método de planejamento utilizado, e não se pode afirmar com segurança qual delas foi feita antes: o método ou o facilitador. Quanto à condução do PE participativo, foi verificada na EEFE a possibilidade de, partindo de métodos existentes, adaptá-los às condições específicas da Escola. O método utilizado em 2005 mesclou os métodos utilizados nas reuniões anteriores. Outra constatação feita foi a possibilidade de modificar a condução do PE a cada ciclo. A EEFE escolheu, em cada ciclo, uma parte diferente do PE para trabalhar de forma participativa. Nos futuros ciclos de planejamento as etapas de planejamento que apresentam resultado mais perene (definição de missão e visão, por exemplo) tenderão a receber uma atenção menor que as etapas que apresentam resultados de durabilidade menor (definição de plano de ações). O PE participativo se mostra adequado ao modelo de organização universitária por tentar reduzir o desinteresse e a desinformação dos professores sobre a organização, em especial sobre a área administrativa. O principal resultado do processo de PE participativo, na avaliação dos participantes, foi exatamente o aprendizado. As reuniões foram oportunidades de conhecer os desafios que a escola deve enfrentar. A EEFE não realizou todo esse processo apenas para melhorar o aprendizado, ela realizou o PE participativo também para: elaborar um plano, motivar as pessoas a implementarem as estratégias, legitimar as decisões e melhorar o convívio entre os participantes. Porém, os custos da participação devem ser ponderados. Ao ampliar a participação (muitas pessoas e por muito tempo) é possível que os benefícios da participação não superem o seu custo (tempo, dinheiro, desgaste pessoal entre outros). Esta relação custo benefício considera apenas a racionalidade económica e não se preocupa com a questão moral da participação como, por exemplo, o direito das pessoas de participarem das decisões que as afetam. |