Consórcio milho-panicum na produtividade de milho e da soja em sucessão

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Souza, Lucas Freitas Nogueira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11136/tde-07102020-114745/
Resumo: O consórcio de milho (Zea mays L.) com forrageiras tropicais é o único sistema de produção capaz de fornecer resíduos vegetais necessários à proteção do solo contra a erosão e evitar o aquecimento excessivo da camada superficial. Forrageiras do gênero Panicum (sin. Megathyrsus) são apropriadas para essa finalidade, pois produzem grande quantidade de biomassa e de qualidade (C/N alta e maior teor de lignina se comparada as outras forrageiras). Apesar desses atributos, pouco se sabe sobre a influência da população dessas plantas consorciada com o milho. Esta pesquisa foi realizada com o objetivo de avaliar a interferência das populações de Panicum maximum Jacq. cv. Mombaça consorciada com o milho de segunda safra sobre a produtividade desse cereal, acúmulo de biomassa e produtividade da soja semeada no ciclo seguinte. Adotou-se quatro tratamentos em relação à população de Panicum consorciado com milho (3, 6, 12 e 18 plantas por m2) e um tratamento controle (milho em monocultivo). Os tratamentos com as diferentes populações de Panicum foram subdivididos em manejo com desfolha e manejo sem desfolha da forrageira (simulação com e sem pastejo animal). A produtividade do milho reduziu 14,9% quando havia 18 plantas por m2, embora tenha aumentado 250% a produção de biomassa de Panicum. A produtividade da soja na sucessão milho-Panicum aumentou 160% com o aumento da biomassa (milho-Panicum) depositada sobre o solo, antes da semeadura da leguminosa. A desfolha da forrageira diminuiu a massa de forragem e a proteção do solo por ocasião da semeadura da soja. A menor população da forrageira no consórcio (3 plantas por m2) diminuiu a população de soja na ausência da desfolha. Assim, apesar da perda de produtividade de milho consorciado com Panicum, a quantidade de biomassa produzida e o aumento da produtividade da soja em sucessão podem tornar esse sistema uma opção viável agronomicamente à manutenção da semeadura direta, sem a lavração do solo.