Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Chiuzi, Rafael Marcus |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47134/tde-27112014-104051/
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Resumo: |
A subjetividade humana despertou, ao longo dos séculos, a curiosidade de pesquisadores no mundo todo. Dadas as modificações constantes do cenário do trabalho, as estruturas organizacionais pós Fordistas que outrora ofereciam respostas, agora não mais dão conta de ciclos de mudanças mais rápidos incorporando sociedade, indivíduo e a maneira de se gerir pessoas dentro de estruturas sociais. Neste contexto, os contratos psicológicos de trabalho ganham importância ímpar ao coadunar interesses de ambas as partes na tentativa de construção de melhores relações de trabalho. Assim, o objetivo do presente estudo é investigar os contratos psicológicos, entendendo como ocorrem seus processos de formação, modificações e continuidade nas relações de trabalho dentro das organizações. Para tanto, optou-se pelo desenho de um estudo descritivo exploratório de abordagem qualitativa utilizando como método hermenêutico a análise de narrativas. Utilizou-se como instrumento de coleta de dados entrevistas com roteiro semiestruturado. As entrevistas foram gravadas e o conteúdo transcrito integralmente para análise dos dados. Os participantes do estudo foram divididos em conjuntos, sempre formados pelo gerente e duas pessoas de sua equipe. Foram estudados três conjuntos em três organizações diferentes de grande porte, nacionais, sendo duas delas de capital aberto. Os resultados encontrados foram a base para a proposição de um novo modelo e redefinição conceitual de contratos psicológicos. A discussão corrobora com tópicos mais tradicionais da teoria, tais como a formação dos contratos antes mesmo do ingresso na organização, contudo, apresenta avanço na proposição de pensá-los como fenômenos complexos e dinâmicos que operam em termos de edições e reedições, bem como o entendimento de que o cotidiano de trabalho configura-se como o espaço interacional onde o mapeamento e dinâmicas de ajuste e continuidade ocorrem. As conclusões do estudo apontam para uma redefinição do conceito de contratos psicológicos de trabalho. Também é introduzida a ideia da simultaneidade dos processos de formação e ajustes, em oposição à escola tradicional e a concepção de edição e reedição do que são os contratos psicológicos como dinâmica da continuidade. Igualmente é apontada como conclusão a concretização da reciprocidade e das trocas sociais como bases fundantes do fenômeno a ponto de parametrizá-lo, modificá-lo e ajustá-lo nas relações de trabalho. Os gerentes são enxergados como a antropomorfização organizacional ainda que haja limites impostos pelo contexto que restringe ou amplia as possibilidades de gestão desses contratos. Firma-se o posicionamento de que os contratos psicológicos não residem apenas no indivíduo mas para, e a partir das, relações historicamente construídas. Por fim, são tecidas considerações acerca da funcionalidade e possibilidades da gestão dos contratos psicológicos como alternativa contemporânea para dar conta de ambientes cada vez mais dinâmicos e complexos assim como sugestões para futuras pesquisas envolvendo este objeto de estudo |