Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Valle, Franco Della |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-26052022-124535/
|
Resumo: |
O presente trabalho tem como objetivo compreender as formas de legitimação de um jurista brasileiro em meados do século XX, em um momento de redefinição do peso simbólico dos bacharéis no cenário nacional. Para tanto, tomou-se para análise a trajetória de Antônio Ferreira Cesarino Junior (1906-1992). Trata-se de um professor negro e de origem popular que se tornou catedrático de uma então recém-criada disciplina jurídica, Legislação Social (Direito do Trabalho), na Faculdade de Direito da USP. A principal hipótese deste trabalho é a de que os estigmas associados à sua origem social e o racismo marcaram as formas pelas quais ele construiu sua autoridade como jurista de uma forma específica. Soma-se a isso as resistências por parte de alunos e outros juristas em relação à disciplina na qual se especializou, seja pela ausência de tradição, seja porque tinha como base a intervenção na relação capital e trabalho. Diferentemente da maioria dos demais juristas da sua época, Cesarino Junior intensificou sua atividade como um professor rigoroso e investiu na defesa de um ensino ligado à realidade das profissões jurídicas, ou seja, de um ensino mais técnico, tornando-se um crítico dos padrões consagrados pelos seus pares |