Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Arévalo, Jorge Luis Sánchez |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/96/96132/tde-09052017-164533/
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Resumo: |
A integração física entre Brasil e Peru ganhou destaque no início do ano 2000 com a Iniciativa para a Integração da Infraestrutura Regional Sul-americana (IIRSA). Dentre vários objetivos dessa integração, destaca-se o de servir como meio para que o fluxo de comércio entre o Brasil e Peru (e Estados vinculados a Rodovia Interoceânica) seja mais intenso. Assim, de modo a contribuir com a teoria do comércio internacional com ênfase no novo regionalismo, a tese teve como objetivo testar empiricamente os objetivos da integração física, mais especificamente os aspectos econômicos. Para tal finalidade, a tese parte da interação entre o modelo teórico proposto e os dados de comércio obtidos. De modo geral, as hipóteses se objetivam discutar a importância do mercado brasileiro para o Peru (e vice versa), e da importância da integração física para que o fluxo de comércio seja mais acentuado nas regiões vinculadas a rodovia. Com a finalidade de atender o objetivo, três procedimentos de análise foram realizados: a) a estimação de um modelo gravitacional, sendo que no estudo se explora diversas metodologias, e por meio do método Poisson Pseudo-Maximum-Likelihood PPML se encontrou estatísticas mais robustas, indo de encontro com a literatura econômica; b) análise de competitividade através do método Constant Market Share de segundo nível, e c) análise da pauta e concentração da exportação com base na classificação de mercadorias das Nações Unidas, e critérios utilizados pela Cepal e Banco Mundial. Os resultados indicam que existem evidências de que a renda, a distância e a fronteira, explicam em grande medida a determinação do fluxo de comércio. Em termos gerais, o comércio se tem intensificado após o ano 2011, momento em que a Rodovia começou a operar na sua totalidade. Entretanto, não se pode argumentar que o maior fluxo do comércio possa ser explicado pela variável rodovia atrelado à integração física, dado que o comércio via modal aéreo e marítimo ainda são maiores quando comparado com o modal rodoviário. Evidencia-se um benefício não homogêneo nas regiões vinculadas a rodovia, ou seja, a integração física apresenta-se como positiva para as regiões do Brasil e negativa para o Peru (para as regiões diretamente vinculadas à rodovia), mesmo que o fluxo de comércio tenha sido mais intenso após 2011. Também, comprova-se a hipótese central que perfaz a segunda análise, de que há uma tendência de ganhos de competitividade na exportação brasileira para o mercado do Peru. Adicionalmente, há ganho de competitividade da exportação peruana no Brasil, porém, com o market share pouco significativo. No que se refere ao padrão de exportação do Brasil ao Peru, a mesma é mais diversificada, caso contrário (vice-versa), não é verdade. O padrão de exportação do Brasil é mais especializado em produtos de intensidade tecnológica. Já a alta concentração das exportações do Peru denota a especialização desse país em produtos nas quais apresenta vantagem comparativa (concentração em minérios). No geral, este estudo contribui para a teoria do comércio internacional, de forma específica ao novo regionalismo; a mesma que se torna relevante nas condições atuais onde a procura por novas formas de fortalecimento das relações bilaterais e de comércio podem servir de impulsores (e servir de debate) para o crescimento de regiões pouco desenvolvidas de ambos os países. Além disso, por meio deste trabalho, pode-se atribuir um valor tangível aos benefícios da integração física sobre o fluxo de comércio, principalmente para os Estados vinculados a Rodovia, dada a melhora observada de fluxo de comércio, ainda que o fluxo não seja homogêneo nos Estados do Peru quando comparados com os do Brasil |