Adesão de idosos aos tratamentos da hipertensão arterial e as boas práticas de cuidado na perspectiva da integralidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Dias, Ernandes Gonçalves
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22134/tde-29052018-155221/
Resumo: O interesse pelo tema emergiu da realização do Projeto de Extensão: \"Envelhecimento e qualidade de vida: mente sã, corpo sadio\", implementado por este pesquisador no curso de Graduação em Enfermagem em uma Instituição de Ensino Superior em uma cidade no Norte de Minas Gerais, onde, em uma das linhas de trabalho: \"Adesão ao tratamento de condições crônicas de saúde e qualidade de vida\", foi possível perceber que a adesão ao tratamento da Hipertensão Arterial Sistêmica é pouco trabalhada pelos profissionais de enfermagem e de pouca compreensão do usuário. O presente estudo teve como objetivo analisar as estratégias, consideradas como boas práticas de cuidados, utilizadas pelos enfermeiros na melhoria da adesão de idosos aos tratamentos da hipertensão. Trata-se de um estudo descritivo, qualitativo sustentado pela perspectiva da integralidade da atenção, realizado com 11 enfermeiros atuantes na rede de Atenção Básica do Município de Monte Azul, Minas Gerais, Brasil. Os dados foram coletados no período de novembro de 2016 a janeiro de 2017 por meio da aplicação de entrevista semiestruturada audiogravada. Os dados foram transcritos e analisados mediante a Técnica de Análise Temática. Há sinalização, por parte dos enfermeiros, de várias ações que podem ser compreendidas como \"boa prática de cuidados\" na perspectiva da integralidade: quando atendem os idosos portadores de hipertensão, independente do motivo que os leva à Unidade de Saúde, e levam em consideração o fato de serem portadores de hipertensão arterial, assim como na valorização e reconhecimento do trabalho do Agentes Comunitários de Saúde, no planejamento das ações coletivas em equipe, na realização de visita domiciliar compartilhada com outros profissionais, na disponibilidade para ouvir o idoso em todo momento que este procura a Unidade de Saúde, nas ações de educação em saúde, na realização da classificação/estratificação de risco, no atendimento da demanda espontânea e programada, no ajustamento mútuo no processo de comunicação, entre outras ações. Os indícios de boas práticas de enfermagem identificados apontam que boas práticas de cuidados de enfermagem são construídas e processadas em um cenário complexo e dinâmico que precisa considerar elementos como a cultura, conhecimentos, comportamentos e atitudes do próprio idoso e da família. As boas práticas são amparadas por evidências científicas, têm relação com a segurança do paciente e a qualidade da assistência prestada. As boas práticas podem ser potencializadas tanto no trabalho individual como coletivo e ser processada por um profissional ou pela equipe multiprofissional, considerando-se a necessidade de saúde do usuário, as tecnologias disponíveis na Atenção Básica e na rede de atenção. As boas práticas se concretizam na assistência integral ao usuário e ampliam o leque de possibilidades para atuação do enfermeiro na assistência prestada na Unidade de Saúde, no território e em sua contribuição na rede de atenção. Portanto, para orientar a construção de Protocolos que se dirijam a boas práticas de cuidado para Enfermagem é necessário valorizar integralmente o sujeito, a equipe de profissionais da Atenção Básica, a rede de serviços e a capacidade de resolutividade do serviço