Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1996 |
Autor(a) principal: |
Muniz, Antonio Saraiva |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11140/tde-20200111-123338/
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Resumo: |
Para avaliar o efeito do pH na disponibilidade do fósforo acumulado no solo pela aplicação de fertilizantes, nove amostras com diferentes teores de fósforo foram coletadas da camada 0-15 cm de latossolos roxos ácidos. As amostras foram tratadas com uma mistura de CaCO3 e MgC03 na proporção de 4: 1 (carbonatos) nas doses correspondentes a 0, 1, 2, 4 e 8 g kg-1 CaCO3, colocadas em vasos de 3 kg e submetidas a ciclo de umedecimento e secamento por 180 dias, em casa-de-vegetação. A seguir, plantas de arroz (Oriza sativa L.) foram cultivadas por 45 dias e, posteriormente, plantas de milho (Zea mays L.) por 30 dias. Amostras de solo coletadas dos vasos antes do plantio do arroz e, antes do plantio do milho, foram submetidas à determinação do pH em CaCl2 0,01 mol.L-1 e do teor de fósforo empregando-se os extratores Bray-1, Mehlich-1, Mehlich-3, Olsen e resina. A produção de matéria seca, o teor de fósforo e a quantidade total de fósforo na parte aérea das plantas também foram determinados. A aplicação das doses de corretivo resultou aumentos de pH em CaCl2 das amostras de valores mínimos entre 3,7 e 4,5 até valores máximos entre 6,6 e 6,9, A influência do aumento do pH do solo com carbonatos na quantidade de fósforo extraída variou acentuadamente com a natureza do extrator. Quando foi utilizado o Bray-1, a quantidade de fósforo extraída diminuiu linearmente com o aumento das doses de carbonatos, enquanto para o Mehlich-3 e resina a quantidade extraída aumentou com a dose de calcário (para a resina o aumento foi bem mais evidente e linear). Na maioria dos casos, a quantidade de fósforo extraída pelo extrator Olsen diminuiu com a dose de carbonatos entre a faixa de pH em CaCl2 de 4,2 a 5,5 e aumentou acima dessa faixa, de acordo com uma equação de segundo grau; em outros casos, o fósforo extraído por Olsen aumentou linearmente com a dose do neutralizante. O efeito da dose de carbonatos na quantidade de fósforo extraída pelo Mehlich-1 não foi significativa para todos os solos, mas mostrou-se dependente do tempo decorrido entre a calagem e a amostragem: nos casos em que o efeito foi significativo, a quantidade diminuiu linearmente com a dose aplicada nas amostras coletadas antes do cultivo do arroz, mas aumentou linearmente naquelas coletadas antes do cultivo do milho, Quanto à sensibilidade para detectar variações na disponibilidade do fósforo do solo, os extratores classificaram-se na seguinte ordem: resina > Mehlich-3 > Olsen > Bray-1 > Mehlich-1 . A produção de matéria seca e a quantidade total de fósforo na parte aérea do arroz diminuiu acentuadamente com a dose de carbonatos, principalmente quando a maior dose foi utilizada; como conseqüência, o efeito do teor inicial de fósforo do solo foi mascarado pelo efeito da calagem. Aparentemente, esse efeito negativo da calagem deveu-se à diminuição da disponibilidade de algum nutriente (provavelmente micronutriente), causada pelo aumento do pH. A produção de matéria seca e o acúmulo de fósforo na parte aérea das plantas de milho foram muito menos influenciados pelos efeitos indiretos do aumento do pH do que o foram no arroz. Ambos esses parâmetros aumentaram até a dose de 2 ou 4 g.kg-1 de carbonatos e diminuíram quando doses mais elevadas foram aplicadas. Como conseqüência desse comportamento, as plantas de milho responderam melhor que as de arroz às variações do teor de fósforo provocados pela calagem dos latossolos roxos estudados. |