Arapiraca/AL e Itabaiana/SE: a feira livre como gênese e desenvolvimento de dois centros regionais do interior do Nordeste brasileiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Firmino, Paul Clívilan Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-23032016-133946/
Resumo: Localizadas no Agreste alagoano e sergipano, respectivamente, as cidades de Arapiraca e Itabaiana, são portadoras de uma dinâmica singular, despontando como centros regionais no interior do Nordeste brasileiro. A gênese do processo que resultou nesse quadro de referência alicerça-se, sobretudo, na feira livre que assumiu relevância e se refletiu na expansão do comércio e no surgimento de diversas iniciativas industriais. Por conseguinte, contribuindo à criação de uma gama de novos e diversificados serviços e o consequente crescimento das suas economias. No caso de Arapiraca a feira ganha impulso com o desenvolvimento da cultura fumageira, enquanto em Itabaiana o caminhão é o responsável direto pela expansão da feira livre. Nesta perspectiva, o presente trabalho propõe analisar essa gênese ancorada no papel da feira, combinada com outros eventos como as atividades agrícolas, considerando a força e o espírito de iniciativa do povo agrestino. Destarte, foi essencial revisitar os eventos que marcaram cada período na história econômica dos seus respectivos estados e a influência na economia de Arapiraca e Itabaiana, ao tempo em que buscou fazer relação da feira livre com a proposta dos dois circuitos da economia urbana (SANTOS, [1979] 2008). O uso de um referencial teórico-metodológico centrado no entendimento de variáveis como feira livre, desenvolvimento econômico e regional, industrialização, economia natural e de mercado, dinamicidade e centralidade, a partir das concepções de autores como Andrade (1979 e 1998), Braudel (1998), Bispo (2013), Carvalho (2012), Carvalho e Costa (2012), Guedes (1999), Lima (1965), Mamigonian (1965, 2009), Melo (1980), Rangel (1959, 2012c), Santos ([1980] 2010), Santos e Silveira (2010) entre outros, mostrou-se imprescindível nesta investigação. Trilhando por este caminho, a concreção da investigação deu-se mediante o trabalho de campo, que contou com aplicação de questionários com feirantes, consumidores, caminhoneiros e empresários/industriais das duas cidades analisadas. Assim, foi possível constatar um desenvolvimento centrado nas iniciativas locais, com surgimento de pequenos negócios originados do circuito inferior, onde a mão de obra local, o capital próprio e as técnicas não tão modernas, foram a base para o sucesso de iniciativas em diversos ramos. Dessa forma, refletindo-se decisivamente no desenvolvimento econômico desses dois importantes centros regionais do interior do Nordeste brasileiro.