Efeitos da poluição ambiental na hiperresponsividade brônquica, inflamação, remodelamento da matriz extracelular e estresse oxidativo em camundongos com inflamação pulmonar alérgica crônica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Campos, Elaine Cristina de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5165/tde-29052023-142530/
Resumo: Introdução: A exposição ambiental à poeira mineral crescente na maioria das cidades industrializadas pode exercer efeitos nocivos em indivíduos saudáveis e exacerbar doenças alérgicas crônicas durante o inverno e o verão. Objetivo: Avaliar o impacto da exposição ambiental ao pó de metal na resposta de hiperresponsividade, inflamação, remodelamento e estresse oxidativo em modelos de asma e controles, em dois diferentes locais próximos a um centro de mineração na cidade de Vitória, Espírito Santo Brasil. Materiais e métodos: Setenta e dois camundongos machos BALB/c foram divididos em seis grupos: SAL (grupo controle, não exposto); OVA (não exposto à ovoalbumina); SAL-L1 e OVA-L1 (expostos a poeira mineral de mineradora que pelotiza minério de ferro no centro de mineração local 1); e SAL-L2 e OVA-L2 (expostos a poeira mineral que fica a aproximadamente três milhas do primeiro local; local 2) por duas semanas. No trigésimo terceiro dia do protocolo, foram avaliadas hiperresponsividade, óxido nítrico exalado (NOex), lavado broncoalveolar (FLBA), inflamação, remodelamento da matriz extracelular e respostas ao estresse oxidativo. Resultados: os grupos SAL-L1 e SAL-L2 tiveram um aumento na hiperresponsividade após o desafio com metacolina; no número de células positivas para citocinas do tipo Th2 (IL-4 e IL-5) e Th17 (IL-17); no número de células positivas para avaliação do remodelamento (TIMP1, MMP9, MMP12 e TGF-) e avaliação do estresse oxidativo (iNOS e GP91phox); assim como nos níveis de isoprostano e NOex em relação ao SAL (p0,05) durante as estações de verão e inverno. Os níveis de NFB aumentaram em SAL-L1 e SAL-L2 durante o inverno em comparação com SAL. Os grupos OVA-L1 e OVA-L2 apresentaram maior resistência do sistema respiratório e das vias aéreas em relação ao grupo OVA; uma exacerbação da resposta inflamatória Th2, durante ambas as estações, e uma exacerbação da resposta inflamatória Th17, durante o verão; aumento do número de células positivas para remodelamento (TIMP1, MMP9 e MMP12) nas duas estações; bem como um aumento na porcentagem de isoprostano durante ambas as estações em relação ao grupo OVA. O aumento do estresse oxidativo ocorreu devido ao aumento do número de células positivas para iNOS durante as duas estações nos grupos OVA-L1 e OVA-L2 em comparação ao grupo OVA. Conclusões: A exposição ambiental ao pó mineral induziu mudanças significativas nas respostas de hiperresponsividade, inflamação, remodelamento e estresse oxidativo em camundongos saudáveis e exacerbou essas mesmas respostas em animais asmáticos. Os mecanismos envolvidos dependem da ativação de iNOS e NFB