Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Belchior, Aylana de Souza |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/83/83131/tde-20032019-162126/
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Resumo: |
Introdução: A tuberculose (TB) se configura como um grave problema de saúde pública, estando entre as principais doenças infecciosas que mais matam no mundo. Objetivo: Investigar se as variações espaciais das iniquidades sociais afetam as mortes por tuberculose. Métodos: Trata-se de um estudo ecológico analítico de medidas múltiplas de análise, desenvolvido na área urbana de Manaus, o qual utilizou como unidade de análise as Unidades de Desenvolvimento Humano (UDHs). A população do estudo foi composta de casos de óbito por TB como causa básica, registrados no Sistema de Informações sobre Mortalidade no período de 2006 a 2015. A geocodificação dos endereços foi processada no TerraView versão 4.2.2. Posteriormente, Taxas brutas, padronizadas e bayesianas empíricas globais de mortalidade foram calculadas. A existência de autocorrelação espacial da mortalidade por TB foi verificada pelos índices de Moran Global e Local. Aplicou-se Regressão Linear Múltipla (OLS), optando pelo modelo que apresentasse o menor AIC (Critério de Informação de Akaike), conforme técnica de stepwise. Os resíduos da regressão linear foram investigados quanto à existência de autocorrelação espacial por meio do Teste Global de Moran. Após, recorreu-se a uma análise multivariada espacial local utilizando modelo de Regressão Ponderada Geograficamente (GWR). Na GWR foram incorporadas como variáveis exploratórias aquelas que se apresentaram como melhor modelo conforme critério de R², R² ajustado e valor de AIC no modelo linear (OLS). Para as análises foram considerados os softwares Statistica versão 12.0, R versão 3.2.2 e ArcGIS versão 10.2.2. Em todos os testes estatísticos foi fixado o nível de significância em 5% (p< 0,05). Resultados: Foram identificados 731 óbitos, 692 seguiram para a etapa de análise espacial, e 666 (96,24%) foram geocodificados. Houve predominância de casos no sexo masculino e na etnia parda. Observou-se que a maioria apresentou idade entre 15 e 59 anos e possuía ensino fundamental e médio e ocupação ignorada. Observou-se maior taxa de mortalidade na região sul do município, onde as taxas anuais variaram entre 1,6 a 7,7 casos por 100.000 habitantes. Na análise da correlação espacial da variável dependente (taxa padronizada dos óbitos por tuberculose), o índice de Moran global (I) encontrado foi de 0,177 (p=0,01). O modelo final OLS pode explicar 0,06 (R²) da variação das taxas de mortalidade por TB, obtendo R² ajustado 0,044 e AIC 1189,19. O modelo OLS permitiu a seleção das variáveis a serem testadas no modelo GWR, tais como: Taxa de analfabetismo da população de 18 anos ou mais de idade; Proporção de pobres; Proporção de vulneráveis à pobreza; Percentual da renda total apropriada pelos 20% da população com menor renda domiciliar per capita e Taxa de desocupação da população de 18 anos ou mais de idade. O modelo final GWS apresentou parâmetros de R2 0,093, R2 ajustado 0,037 e AIC 1178,36. Conclusão: O estudo avança no conhecimento ao evidenciar diferenças entre as áreas em termos dos determinantes sociais. Neste sentido, são fundamentais reformulações políticas e intervenções em saúde nas áreas identificadas de maior risco em Manaus |