Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2003 |
Autor(a) principal: |
Carvalho, Sandra Regina Quintal |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9136/tde-09052022-150058/
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Resumo: |
Trabalhos anteriores do grupo mostraram que o hormônio melatonina é eficientemente oxidado por peroxidases e pela mieloperoxidase presente em neutrófilos e macrófagos numa rota dependente de ânion superóxido. A oxidação de melatonina gera uma quinurenamina denominada N1-acetil-N2-formil-5-metoxiquinuramina (AFMK) que poderia, em seguida, sofrer deformilação produzindo N1-acetil-5-metoxiquinuramina (AMK). Neste estudo avaliamos possíveis fontes de atividade de hidrolases ativas na deformilação de AFMK. Nem leucócitos mononucleares ou neutrófilos foram competentes na deformilação de AFMK. Dentre os fluidos biológicos testados o líquido céfalo-raquidiano, mas não líquido sinovial e soro, foi capaz de deformilar AFMK Como reações subsequentes possíveis, verificamos que AMK, mas não AFMK, sofre oxidação catalisada por HRP/H2O2 e por neutrófilos ativados. Na presença destes sistemas enzimáticos há o desaparecimento total de AMK. A oxidação de AMK por neutrófilos ativados depende de mieloperoxidase e de peróxido de hidrogênio. AMK é um substrato de mieloperoxidase oxidado através do ciclo peroxidásico clássico (enzima nativa/ composto I/composto II/ enzima nativa). Estes resultados amparam a proposta de uma rota específica de metabolização de melatonina na inflamação. Visto que há a possibilidade dos compostos AFMK e AMK serem produzidos in vivo em condições onde ocorre a ativação de neutrófilos e monócitos, avaliamos o efeito de melatonina, AFMK e AMK sobre a atividade microbicida de neutrófilos. Na presença de todos estes compostos a fagocitose de S. aureus por neutrófilos é mantida, entretanto a viabilidade bacteriana é aumentada indicando uma redução na atividade microbicida de neutrófilos de aproximadamente 30% na presença de 1mM de melatonina, AFMK ou AMK. Estes achados indicam que, quando melatonina é administrada em altas concentrações, pode haver o comprometimento da atividade microbicida de fagócitos e portanto sua utilização clínica em quadros inflamatórios de origem infecciosa deve ser cautelosa. |