Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Pinafo, Jaqueline |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-01112016-110406/
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Resumo: |
A presença eminente e a forte influência da C&T na sociedade atual são inevitáveis e impulsionam mudanças nos diferentes espaços-tempos. Dessarte, a aprendizagem e/ou atitudes e valores atribuídos ao ensino de ciências constituem espaço privilegiado na construção da cidadania, autonomia, pensamento e ação na forma como os estudantes incorporam e se beneficiam de tais transformações. Desse modo, o desencanto dos jovens pela ciência e pela carreira científica é algo que tem preocupado professores, acadêmicos e elaboradores de políticas públicas em diversos países na atualidade. Diante dessa constatação, conhecer o perfil dos jovens brasileiros por meio da expressão de seus interesses, opiniões e atitudes acerca da ciência e tecnologia é uma forma significativa de relacionar não só a relevância que ela tem para eles, bem como sua influência sobre suas preferências, tanto no que se refere à opção acadêmica como à profissão, sendo este o objetivo desta pesquisa, que tem como enfoque ampliar e aprofundar essas discussões, inserindo-se no campo da avaliação educacional de natureza quantitativa. Por se tratar de uma tendência internacional, e no intuito de não só compreender, mas buscar conexões entre a construção de indicadores de percepção pública em diferentes contextos socioculturais e como estes influenciam na construção de valores sobre a ciência e tecnologia, a Itália se configurou no cenário de um estudo colaborativo. Os dados da pesquisa foram coletados pelo instrumento Barômetro, em uma amostra de representação nacional, nos dois países, baseados em um plano amostral. Participaram do estudo: Brasil - 78 escolas e 2.368 jovens; Itália - 99 escolas e 3.503 jovens. Os dados encontrados apontam que brasileiros e italianos possuem grande interesse pelos temas científicos abordados na escola, principalmente os que estão relacionados com o corpo humano e seus cuidados, especialmente entre as meninas. De modo geral, os jovens de ambos os países possuem atitudes positivas com relação aos desafios ambientais e visão otimista quanto ao futuro no sentido de que, devido à C&T, haverá melhores oportunidades para as gerações futuras e serão encontradas curas para doenças. Apesar de demonstrarem interesse pelas aulas de ciências, em ambos os países, tanto meninas quanto meninos têm pouca aspiração em serem cientistas e trabalhar com tecnologia avançada. Embora apresentem atitudes positivas e otimistas com relação à C&T, a busca por informações científicas em centros de ciência e museus é incipiente e restrita a uma pequena parcela da população, especialmente no Brasil. O hábito informativo mais utilizado pelos jovens brasileiros, no geral, é assistir à TV, e, especificamente, entre as meninas, dedicar-se à leitura de livros e revistas especializadas. Os italianos assistem a documentários e utilizam a internet para a busca de informações científicas. Tais dados apontam que jovens de países em desenvolvimento, como os brasileiros, estão se alinhando às posturas e atitudes de jovens europeus, embora as diferenças socioeconômicas e culturais, bem como os sistemas de ensino, o currículo e as decisões pedagógicas apresentem diferenças marcantes. Em 2007, por meio do instrumento ROSE, pesquisadores brasileiros buscaram conhecer a percepção dos jovens com relação à C&T, dessa forma, como o Barômetro, em sua construção, considerou a permanência de elementos que pudessem estabelecer relações entre as posturas dos jovens, cabe ressaltar que, por meio de uma série histórica, observou-se que, dentre os sete anos transcorridos entre a primeira coleta de dados e esta pesquisa, os dados indicam que as atitudes positivas com relação à ciência aumentaram e apresentam esperanças de que a ciência venha a contribuir com o mundo e com as explicações que a ciência ainda não descortinou. Entretanto, mantiveram o interesse em conhecer assuntos sobre doenças como o câncer e principalmente no fato de aprender a tratá-las, mas demonstram desinteresse em conhecer doenças como HIV/AIDS e como controlá-la. Com relação ao meio ambiente, mantiveram a percepção de que as pessoas continuam se preocupando pouco com os problemas ambientais e que cada um pode influenciar de forma positiva na proteção ambiental. Continuam demonstrando grande interesse pela ciência escolar e pelas aulas de ciências, porém, de forma significativa, caiu o interesse em seguir carreiras científicas e que lidem com tecnologia. Diante dos resultados apresentados, espera-se abrir caminhos para futuras investigações, bem como fomentar reflexões com base em um diálogo entre as vozes manifestas, currículos, livros didáticos, professores e elaboradores de políticas públicas. |