Community Supported Agriculture (CSA): um arranjo organizacional para alcançar os objetivos de desenvolvimento sustentável.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Freitas, Lays de Carvalho
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3136/tde-02122024-095231/
Resumo: A literatura destaca algumas tendências na área de alimentos. Uma delas é a valorização de produtos cujo processo seja transparente e rastreável. Neste sentido tem-se uma maior valorização das identidades regionais, local onde o alimento é produzido, e questões como identidade cultural que promove uma maior conexão com a história e tradições. Esta tendência foi intensificada com a pandemia de COVID-19. A pandemia expôs as vulnerabilidades das cadeias de suprimentos internacionais, com o fornecimento de matérias-primas interrompido quando os países adotaram medidas de emergência. Estas mudanças permitiram a disseminação de arranjos organizacionais alternativos onde uma das principais propostas é a relação mais próxima entre produtores e consumidores, como é o caso da Community Supported Agriculture (CSA) ou Agricultura Apoiada pela Comunidade, uma SFSC (Cadeias Curtas de Suprimento de Alimentos). Neste sentido, o objetivo deste trabalho é investigar como as CSAs podem contribuir para o desenvolvimento sustentável. Foi conduzida uma pesquisa empírica com a realização de 15 entrevistas a partir de questionários semiestruturados com diferentes atores participantes destes arranjos organizacionais no Brasil. Os resultados indicam que este arranjo organizacional desempenha um papel importante na promoção da sustentabilidade econômica, ambiental e social. Especificamente as CSAs contribuem para a gestão sustentável dos recursos naturais, a promoção da biodiversidade e a redução no uso de agroquímicos. Além disso, as CSAs contribuem socialmente ao proporcionar condições de trabalho dignas, promover a segurança alimentar e fomentar a igualdade de gênero. Do ponto de vista econômico, a CSA pode trazer garantia de renda para o produtor na medida em que a proposta do arranjo é garantir o comércio justo para os participantes.