Exportação concluída — 

Os provérbios utilizados como forma de argumentação nas crônicas de arte

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Côrtes, Maria Tereza Guimarães
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Art
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8146/tde-04022009-114358/
Resumo: A análise dos provérbios franceses como argumentos requer um estudo prévio de suas origens, de seu papel histórico-cultural e de suas características. Os elementos principais que o diferem de outros gêneros de frase são o seu conteúdo sentencioso, a sua fixação formal que lhe permite ser reconhecido como frase autônoma, a sua natureza implicativa e sua relação com a natureza humana. Os provérbios nos textos atuam principalmente como uma transposição metafórica, mas possuem um duplo valor semântico que permeia entre o sentido hiponímico e o hiperonímico. Além disso, a subjetividade do gênero, permite uma debreagem do EU enunciativo, apoiando-se num enunciador não identificável e em múltiplas enunciações anteriores, constituindo assim um discurso de autoridade, que provém de uma sabedoria anônima incontestada. Todas estas propriedades linguísticas colaboram com a sua força argumentativa. Para a análise do provérbio como forma de argumentação foram utilizadas as três provas da retórica Aristotélica: o ETHOS, considerando o provérbio como elemento simbólico, que constroe o caráter do enunciador apoiando-se na tradição paremíaca, o PATHOS , à partir da hipótese da análise do provérbio como modalidade epistêmica, trabalhando com as supostas lexicalidades que estariam envolvidas na manipulação discursiva entre enunciador e enunciatário e, o LOGOS constituindo à partir das premissas argumentativas uma prova racional, baseada no silogismo e no entimema. O gênero de texto escolhido foi as crônicas de arte onde um provérbio serve como argumento, devido ao seu caráter atemporal, a sua riqueza estilística e a sua importância como meio de comunicação contemporâneo que através da arte contesta e polemiza comportamentos e padrões sociais de uma forma irônica e sutil.