Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Santos, Roberto Savio Silva |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5148/tde-08042016-144043/
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Resumo: |
Síndrome das pernas inquietas (SPI) é um distúrbio do sono com alta prevalência entre pacientes em hemodiálise, nos quais o mecanismo é pouco conhecido. Tem sido postulado que alterações do metabolismo mineral e ósseo relacionadasà doença renal crônica, especialmente o hiperparatireoidismo secundário, possam estar relacionadas à patogênese da SPI. Este trabalho teve como objetivo principal avaliar a SPI antes e após paratireoidectomia (PTX). Além disso, avaliamos dados objetivos do sono por meio de polissonografia, com ênfase em apneia do sono. Estudamos prospectivamente 19 pacientes (6 homens, idade 48 ± 11 anos) com hiperparatireoidismo grave pré e pós-PTX. O diagnóstico e o escore de gravidade da SPI foram avaliados de acordo com o Grupo de Estudo Internacional de SPI. Polissonografia pré e pós-PTX forneceu dados de arquitetura do sono, movimentos periódicos de pernas e apneia do sono, medida por meio do índice de apneia-hipopneia/hora de sono (IAH). SPI foi encontrada em 10 pacientes (53%) e se associou com maiores níveis de fosfato (p=0,005) e maior gravidade da dor (p=0,003). Após a PTX, houve redução dos níveis séricos de paratormônio, fosfato e aumento dos níveis de 25-hidroxivitamina D, calicreína-6 e fetuína-A. A PTX reduziu a SPI para 21% (p=0,044), acompanhada por redução nos escores de gravidade e alívio da dor e do prurido. A análise de regressão logística mostrou que o fosfato pré-PTX permaneceu independentemente associado com SPI (OR=7,28; p=0,035), em modelo ajustado para hemoglobina, idade e sexo. Apneia do sono (IAH > 5) foi encontrada em 11 pacientes pré e 14 pós-PTX (63% vs. 74%, p=0,698). Observamos uma correlação entre o IAH e a relação água corporal extracelular/massa magra (r=0,535, p=0,018), assim como correlação com a circunferência do pescoço pré-PTX (r=0,471, p=0,042). Entretanto, não observamos correlação do IAH com o deslocamento de fluidos da perna direita durante o sono (p=0,09), que aumentou significativamente após PTX (p=0,011). Concluímos que a PTX melhora a SPI, com cura completa ou melhora significativa. Se essa melhora está relacionada à diminuição do paratormônio ou do fósforo necessita de investigação adicional. Além disso, o presente estudo confirma a alta prevalência de apneia do sono entre pacientes em hemodiálise, o que não se modificou com a PTX |