Treinamento de marcha assistida por robô na reabilitação de AVC: um estudo piloto

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Neves, Mariana Vita Milazzotto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5169/tde-11112021-142058/
Resumo: O treinamento de marcha assistida por robô, quando associado à fisioterapia convencional, melhora a caminhada após o AVC em termos de velocidade e qualidade de marcha. Dois tipos principais destes dispositivos foram investigados: exoesqueletos e efetores finais. No entanto, as diferenças entre eles ainda não foram totalmente definidas. Portanto, é importante compreender os efeitos desses dois tipos de intervenção para planejar futuros estudos comparativos. Com o objetivo de descrever o desempenho de dois dispositivos (Lokomat® e o G-EO System) em termos de sua capacidade de melhorar os padrões funcionais da marcha, realizamos uma análise retrospectiva de uma coorte de 24 pacientes com AVC crônico que receberam o treino robótico de marcha com os dois diferentes equipamentos. A intervenção foi realizada 3 vezes por semana (total de 36 sessões). Os seguintes testes/escalas foram empregados antes e depois do treino robótico: Functional Ambulation Categories (FAC), Timed Up and Go (TUG), Teste de Caminhada de 10 Metros (10 MWT), Teste de Caminhada de 6 Minutos (TC6), Escala de Deficiência de Tronco (EDT), Índice de Marcha Dinâmica (DGI), Berg Balance Scale (BBS) e Habilidade de Subir Escadas (tempo para subir seis degraus de 15 cm cada; HSE). Houve 5 desistências, todas do grupo G-EO System. Finalizaram o estudo, 10 participantes do grupo Lokomat® e 9 do grupo G-EO System. Do pré ao pós treino robótico assistido de marcha, os pacientes do grupo G-EO System melhoraram em todos os testes/escalas funcionais, enquanto os pacientes do grupo Lokomat® melhoraram apenas no TUG, DGI e BBS. A maioria dos pacientes de ambos os grupos apresentou melhoras acima da menor diferença real relativa (SRD%) no TUG, 10 MWT e TC6. No geral, nossos resultados mostram que tanto os efetores finais quanto os exoesqueletos melhoram aspectos clinicamente relevantes da função de andar, conforme avaliado por meio dos testes/escalas TUG, DGI e BBS. Estudos futuros são necessários para investigar possíveis diferenças nos resultados clínicos, efeitos colaterais, contraindicações e relação custo-benefício entre esses dois tipos de dispositivos robóticos de assistência à marcha