Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1973 |
Autor(a) principal: |
Foresti, Fausto |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11137/tde-20240301-151643/
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Resumo: |
Foi realizado um estudo citogenético para determinação do aspecto cariotípico de 23 espécies representando cinco gêneros de anuros pertencentes à família Hylidae (Tabela 2) com uma distribuição geográfica abrangendo seis Estados brasileiros. A técnica utilizada foi a de esmagamento de órgãos em animais pré-tratados com colchicina e solução hipotônica. Os números diplóides encontrados nessas espécies foram 24, 26 e 30, que estão de acordo com os valores já descritos por outros autores, para outras espécies e 32 em Hyla berthalutzae, inédito neste grupo. Na análise de metáfases mitóticas desta última espécie, os dois menores cromossomos foram considerados como constituintes do décimo sexto par. A hipótese de se tratarem de cromossomos extra-numerários não foi confirmada, uma vez que seu comportamento não se assemelhou ao daqueles descritos por ULLERICH (1967), com exceção do seu tamanho reduzido. Uma associação entre o número de cromossomos e o número de acrocêntricos ficou evidenciada nas espécies por nós estudadas, assim como naquelas estudadas por BEÇAK, M.L. (1967, 1968) e por RABELLO (1969, 1970). As espécies com maior número de cromossomos apresentaram maior número de acrocêntricos. O estudo dos cariótipos dessas espécies reforçam a afirmação dos autores acima citados sobre a importância do mecanismo das fusões cêntricas na evolução desse grupo, mas outros mecanismos parecem estar também envolvidos. Para explicar a diferença de tamanho dos cromossomos de Phyllomedusa bahiana em relação aos das demais espécies conhecidas deste gênero, foi aventada a hipótese da ocorrência de polinemia, que deverá ser comprovada por técnicas mais refinadas de análise dos cromossomos. O estudo de células meióticas de machos de algumas das espécies aqui descritas, geralmente mostrou a presença de bivalentes anelares, com dois quiasmas terminais, considerados por MOBESCALCHI (1968) como característica de anuros mais evoluídos. Uma das espécies apresentou bivalentes com quiasmas intersticiais. Em quatro espécies foi constatada a presença de regiões heterocromáticas, todas nos braços longos dos cromossomos. Em Hyla bischoffi, a ocorrência de satélites em apenas um dos homólogos foi considerada como uma condensação diferencial durante o processo mitótico e provavelmente não tem relação com heteromorfismo cromossômico ligado ao sexo. As espécies com número diplóide igual a 24, considerado como modal do grupo, apresentaram uma distribuição geográfica relativamente grande, sendo encontradas em localidades pertencentes aos seis Estados (Figura 1). Nas espécies de Hylideos estudadas no presente trabalho, não foram encontradas quaisquer evidências de pares de cromossomos heteromórficos nas metáfases mitóticas e nenhum bivalente com morfologia ou comportamento desigual na meiose dos machos, que pudesse sugerir a presença de cromossomos sexuais. |