Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Albino, Djanystela de Liona |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11132/tde-19062020-142546/
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Resumo: |
O presente estudo tem como objetivo analisar a evolução da cultura de arroz nos países membros da UEMOA, identificando os fatores propulsores ou repressores do seu crescimento, em competição com as demais culturas, no período de 1999 a 2016. Utilizou-se a metodologia \"shift-share\" para a mensuração da contribuição das fontes de crescimento das atividades agrícolas. Foram considerados componentes explicativos da evolução da produção os efeitos área, produtividade, composição da produção e localização geográfica. As mudanças na área cultivada foram decompostas em efeitos escala e substituição. Com ênfase no arroz, visando analisar a substituição, foram consideradas como demais culturas: inhame, mandioca, painço, milho, arroz, sorgo, algodão, amendoim, cana-de-açúcar, fruta de dendê, batata doce e banana. Estas foram escolhidas pela importância alimentar e pelo maior grau de competição com o arroz em termos da ocupação da área agrícola. Os principais componentes explicativos do crescimento da orizicultura na região da UEMOA foram o incremento de novas fronteiras agrícolas e a substituição de outras culturas menos eficientes e rentáveis pelo arroz, em áreas já utilizadas pela atividade agrícola. Evidenciaram-se algumas dificuldades para o desenvolvimento da produção do arroz na região, como a oferta insuficiente de sementes, tecnologias de sementes limitadas, problema de integração dos pequenos produtores às cadeias de valor no setor moderno e falta de infraestrutura. Todas as culturas selecionadas tiveram aumento da produção de 1999 a 2016. Registrou-se um crescimento da quantidade produzida de arroz à taxa de 8,79% a.a., devido aos efeitos área, com destaque para o efeito substituição e produtividade. Já o efeito localização geográfica, que denota a realocação do cultivo para Estados-membros com melhores condições de cultivo (solo e condições climáticas), verificou- se uma pequena contribuição negativa, à taxa de 0,004% a.a.. Em relação as outras culturas, a cana-de-açúcar foi a que mais perdeu área para as demais nesse período (-2,40% a.a.). Os efeitos composição da produção e área foram os mais importantes para explicar o crescimento da quantidade produzida das culturas na região, entre 1999 e 2016. Estes resultados mostram que o crescimento da produção nessa região decorreu de uma mudança na composição das culturas, ao se substituir ou aumentar a área cultivada com culturas mais eficientes, e fundamentou-se também na incorporação de novas fronteiras agrícolas. A contribuição de melhorias na produtividade ainda constitui um desafio para programas estratégicos que visam a autossuficiência alimentar na região da UEMOA. |