Efeito hipotensor agudo do exercício resistido dinâmico, isométrico e combinado (dinâmico + isométrico) em homens hipertensos medicados: determinantes hemodinâmicos e mecanismos autonômicos.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Silva, Laura Gomes Oliveira e
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/39/39135/tde-17032022-101508/
Resumo: A realização regular de exercícios físicos é recomendada no tratamento de hipertensos. A execução de uma única sessão de exercício promove redução da pressão arterial (PA) pós exercício, o que é denominado hipotensão pós-exercício (HPE). Esse fenômeno tem relevância clínica quando tem magnitude significante e perdura por várias horas. Além disso, ele pode ser utilizado para predizer as adaptações da PA ao treinamento físico. Uma única sessão de exercícios resistidos dinâmicos (ERD) ou isométrico de handgrip (ERI_h) parece ser capaz de produzir HPE, mas sua duração e mecanismos precisam ser esclarecidos. Além disso, a combinação desses exercícios resistidos (ERC) poderia potencializar o efeito hipotensor agudo, o que ainda não foi investigado. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar e comparar o efeito de uma sessão de ERD, ERI_h e ERC na resposta pós-exercício da PA e seus mecanismos. Para isso, 49 homens hipertensos medicados foram divididos de forma aleatória para a realização de uma de 4 sessões experimentais: controle (70 min sentado); ERD (8 exercícios, 3 séries com repetições até a fadiga moderada em 50% de 1RMe com 90s de intervalo entre as séries e os exercícios); ERI_h (4 séries, handgrip unilateral alternado, 2 min de contração isométrica em 30% da CVM com 1 min de intervalo entre a séries); e ERC (ERD + ERI-h). Em cada sessão, a PA clínica e seus mecanismos hemodinâmicos sistêmicos, autonômicos e vasculares foram avaliados antes e após a intervenção. Além disso, a PA ambulatorial foi medida por 24h após as sessões. Os dados foram comparados por ANOVAs, considerando-se P<0,05 como significante. Como resultado, o ERD promoveu redução significante da PA clínica, mas não modificou a PA ambulatorial pós-exercício. A redução da PA pós-ERD se acompanhou de diminuição significante do volume sistólico e aumento da frequência cardíaca, do balanço simpatovagal cardíaco e da condutância vascular. O ERI_h não promoveu redução da PA pós-exercício e nem alterou de forma significante nenhuma das variáveis avaliadas. O ERC promoveu redução da PA de magnitude significante e similar ao ERD e não modificou a PA ambulatorial. De forma semelhante ao ERD, a redução da PA após o ERC se acompanhou de diminuição do volume sistólico e aumento da 7 frequência cardíaca e da condutância vascular, porém sem modificação do balanço simpatovagal cardíaco. Em conclusão, o ERD e ERC promovem HPE semelhantes e acompanhadas de redução do volume sistólico e aumento da condutância vascular, enquanto o ERI_h não promove nenhuma alteração após sua execução