O discurso paradoxal de Vieira no \'Sermão pelo bom sucesso das Armas de Portugal contra as de Holanda\'

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Alvares, Cláudia Assad
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8142/tde-26022008-140441/
Resumo: Nesta tese, discutem-se, dentre outros, os conceitos de \"auditório universal\", de Perelman (2000); o de \"contrato de comunicação\", de Charaudeau (1992); os conceitos de duplo vínculo e enquadres, propostos por Bateson (1972), e abre-se também espaço para os principais tipos de paradoxos. Nela apresentase ainda a teoria dos semas e de sua combinatória, segundo Langendoen (1971), e, finalmente, analisa-se o sermão pelo Bom sucesso das armas de Portugal contra as de Holanda. O trabalho tem por objetivo evidenciar que o discurso religioso do Padre Antônio Vieira, no Sermão Pelo bom sucesso das armas de Portugal contra as de Holanda, é um discurso paradoxal porque desconstrói a si próprio. Para atingir tal propósito, confrontam-se os argumentos de que Vieira faz uso para dirigir-se a Deus, no referido sermão, com os textos das Sagradas Escrituras; analisa-se a argumentatividade das formas nominais do verbo, com ênfase particular na estrutura do gerúndio, enquanto ato ilocucional, a partir do Sermão da Sexagésima, e descreve-se um tipo de paradoxo pragmático: a roda argumentativa.