Boro(10B) em laranjeira: absorção e mobilidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Boaretto, Rodrigo Marcelli
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/64/64132/tde-28032006-155450/
Resumo: A deficiência de boro (B) é comum nos pomares citrícolas paulistas. A maioria das pesquisas sobre mobilidade (transporte e redistribuição) de micronutrientes têm sido realizadas com o auxílio de isótopos radioativos, entretanto, para o B não existe um isótopo radioativo com meia vida suficientemente longa para tais estudos. Os isótopos estáveis de B (10B e 11B) foram pouco utilizados como traçador em estudos com vegetais, devido à dificuldade de detecção, entretanto, com o advento do ICP-MS (inductively coupled plasma mass spectrometry – espectrômetro de massas acoplado a uma fonte de plasma),tornou-se possível quantificar os átomos de 10B e 11B. Desta forma, utilizando-se de compostos enriquecidos em 10B, tornaram-se viáveis os estudos de absorção, transporte e redistribuição do B nas plantas. O objetivo do presente trabalho foi estudar, com o auxilio da técnica isotópica, a absorção de B pelas raízes e folhas da laranjeira, verificar a mobilidade do elemento na planta e quantificar a contribuição da adubação com B para os frutos da laranjeira. No estudo foram realizados 4 experimentos, sendo 3 experimentos realizados em casa de vegetação e 1 experimento realizado em pomar de laranjeira em produção. Dos experimentos realizados em casa de vegetação, O primeiro estudou a absorção de B pelas raízes de laranjeiras em sistema hidropônico e a mobilidade do nutriente na planta. Laranjeiras de copa ‘Valencia’ em dois porta-enxertos (limoeiro ‘Cravo’ e citrumelo ‘Swingle’) foram conduzidas em soluções nutritivas com concentrações de B adequadas ou deficientes, e o início dos tratamentos com 10B ocorreram em épocas distintas, com plantas em diferentes condições nutricionais de B. O segundo experimento estudou a eficiência da absorção foliar de B pelas laranjeiras ao longo do tempo e a mobilidade do nutriente na planta. O terceiro experimento comparou a mobilidade do B, absorvido pelas raízes e pelas folhas, para os novos fluxos de crescimento. O quarto experimento, realizado no campo, comparou as adubações com B no solo, via fertirrigação, e nas folhas das laranjeiras. Avaliou a contribuição destas adubações para os frutos das laranjeiras e verificou o efeito residual da adubação realizada no ano anterior na nutrição da planta no ano seguinte. Pelos resultados obtidos nos experimentos foi possível verificar que cerca de 20% a 40% do B presente nas partes novas da laranjeira foi proveniente de reservas das laranjeiras, ou seja, foi redistribuído na planta, e o menor valor foi obtido quando as laranjeiras estavam deficientes em B. A absorção de B pelas folhas da laranjeira foi inferior a 9% total de B depositado nas folhas, e o nutriente permaneceu principalmente nos órgãos onde foi aplicado (97%). A adubação com B no solo foi, cerca de 3 a 4 vezes, mais eficiente em fornecer o nutriente para a laranjeira, do que a aplicação do nutriente na folha.