Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Acker, Maria Teresa Vianna Van |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-09102008-143551/
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Resumo: |
Esta tese tem em vista compreender de que modo a reflexão sobre as vivências dos professores na escola e na sala de aula geram conhecimento da prática em benefício do maior comprometimento profissional e, por conseguinte, com efeitos sobre autorização que reconhecem ter. Por se tratar de um tema que implica em considerar os processos de reflexão sobre a prática vivenciada pelos professores, ele exige metodologias de pesquisa que levem à colaboração eles. Escolhemos como abordagem metodológica a pesquisa-ação existencial pelo seu caráter de estímulo à reflexão. Como toda pesquisa-ação, essa investigação também se desenvolveu em diferentes etapas. Na primeira etapa, delineamos de que modos os professores produziam conhecimentos a partir de suas vivências práticas. Para isso nos utilizamos observações seguidas por entrevistas, as quais denominamos de entrevistas de explicação, inspiradas nas entrevistas de explicitação, descritas por Pierre Vermersch. Nessa etapa, identificamos que os professores valem-se de dois tipos de reflexão quando analisam e explicam suas práticas: uma reflexão que justifica o que fazem a partir de um costume, por um lado; por outro lado, uma reflexão que explica o percurso que traçaram até elaborarem um modo original de ensinar. Percebemos também que todos os professores, após a entrevista, revelaram ter descoberto que faziam coisas que não sabiam que faziam. Percebemos também a importância que as interações sociais exercem na ação docente, tanto no que diz respeito às atitudes conservadoras, quanto no que diz respeito às inovações. Diante da constatação da presença dessas interações no trabalho dos professores e também da dificuldade de auto-observação, decidimos prosseguir a pesquisa utilizando uma abordagem que favorece a emergência da subjetividade, nas suas dimensões intra e inter subjetivas. Para isso, recorremos ao Ateliê Biográfico de Projeto, descrito por Christine Delory-Momberger. O resultado desse procedimento foi o maior comprometimento dos professores com a pesquisa em relação à primeira etapa e, também, a formulação de um projeto do grupo tendo em vista estabelecer uma forma sistematizada de reflexão sobre a experiência, de modo a se esclarecerem sobre os desafios da profissão docente na atualidade. Essa decisão, agora do grupo, e não da pesquisadora, gerou uma terceira e última etapa, na qual utilizamos a técnica de Grupo Operativo, criada por Enrique Pichon-Rivière. A originalidade desta pesquisa consistiu em realizar uma intervenção que levou ao envolvimento os parceiros na investigação sobre suas próprias experiências. Isso possibilitou que a análise de deslocasse de uma abordagem centrada no indivíduo para uma abordagem do sujeito enquanto ser social e do grupo como produtor de pensamento. Ao afirmar a coexistência das dimensões intrasubjetiva, intersubjetiva e até impessoal da reflexão, os dispositivos de pesquisa revelaram a busca daqueles professores por formas de agrupamento que lhes permita resistir aos descompassos da sociedade do conhecimento que transforma os indivíduos em objetos autômatos e consumidores de informação. |