Coordenadas geográficas: ser-no-mudo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Leal, Fabiana Machado
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-11052011-160213/
Resumo: A pesquisa refletiu sobre a questão da localização na Geografia, buscando compreendê-la enquanto um princípio fundamental para esta ciência. Partiu-se assim, de seu entendimento como o ponto de partida para se iniciar uma discussão encabeçada pela Geografia quando se faz a pergunta cardinal onde? Sendo assim, a partir da análise de alguns dos principais autores clássicos do pensamento geográfico, pretendeu compreender a maneira como eles se debruçaram sobre a questão, atentando para a importância que tal princípio assumiu, sobretudo, no contexto de consolidação e sistematização da ciência geográfica. Visando tal intento, a pesquisa dedicou-se então a compreender a importância da corografia e da corologia enquanto elementos definidores de uma epistemologia e de um método para a ciência, principalmente nas vozes de Alfred Hettner e Richard Hartshorne. Assim, da constatação dos autores clássicos, e na contramão do que foi apresentado por eles, foi possível ponderar sobre a possibilidade de se compreender a localização para além do viés quantitativo já consagrado na Geografia, sob influência, especialmente, da Matemática e da Física. Para além da mera constatação de um dado da superfície terrestre, o esforço deste trabalho, caminhou na tentativa de se compreender a localização no discurso geográfico mediante a ideia de que esta é capaz de evidenciar a existência do indivíduo, ordenando seu pensamento, bem como a constituição das representações que ele faz do mundo. Neste sentido, estabeleceu-se um diálogo, por exemplo, com Fredric Jameson e Martin Heidegger, a fim de se assumir definitivamente a localização a partir do que foi apresentado por Elvio Rodrigues Martins (2007). E desta forma, buscou-se fazer, antes de tudo, um resgate da localização como um fundamento da ciência geográfica, pretendendo, pois, dar uma contribuição para a discussão epistemológica desta.