Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Costa, Christefany Régia Braz |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-10112022-131651/
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Resumo: |
Trata-se de uma coorte retrospectivo, com objetivo de verificar a ocorrência e os fatores predisponentes para alterações metabólicas em pessoas que vivem com o HIV (PVHIV) durante 60 meses ao uso da terapia antirretroviral (TARV) no município de Maceió-AL. A coleta de dados foi realizada em um Serviço de Atendimento Especializado (SAE) por meio de prontuários. O seguimento da pesquisa ocorreu durante 60 meses, com início entre janeiro de 2014 e março de 2015. Foram incluídos prontuários de PVHIV, de ambos os sexos, maior de 18 anos, em acompanhamento no serviço de referência do estudo, virgem de tratamento e que tivesse iniciado o uso da TARV entre 01 de janeiro de 2014 a 30 de março de 2015; e excluídos prontuários de gestantes; indivíduos em situações de confinamento e/ou reclusos; prontuários com menos de três exames laboratoriais; prontuário de pessoas que apresentarem alguma condição clínica e/ou cognitiva que dificultasse o tratamento; pacientes que foram transferidos para outros serviços e os que foram a óbito. Uma amostra não probabilística foi formada por 123 indivíduos. Utilizou-se um instrumento semiestruturado e foi realizado um estudo piloto 30 prontuários com o objetivo de analisar a viabilidade da pesquisa e necessidade de adequações.. O projeto foi aprovado pelo comitê de ética sob protocolo nº CAAE 58758316.3.0000.5393. A prevalência de alterações metabólicas em PVHIV, por meio dos exames laboratoriais, após 60 meses de uso da TARV foi 30% (n=24) com alteração de glicose, 28,7% (n=36) com alteração da pressão arterial e 70,7% (n=65) com alteração lipídica. Houve aumento significado de disglicemia, quando comprado antes e após 60 meses de TARV (p=0,013). Também foi evidenciado aumento progressivo das células TCD4+ a cada 12 meses (p<0,001) e declínio da carga viral (p<0,001). Sofreram alteração ao longo dos meses: colesterol (p<0,001), LDL-c 24 meses (p=0,02), 36 meses (3º ano) (p=0,018) e 60 meses (p=0,005), triglicerídeos, as alterações aconteceram já nos primeiros 12 meses (p=0,028) e no último ano do seguimento de acompanhamento de 60 meses (p=0,012). Na glicose foram registradas alterações nos 24 meses (p=0,008), 48 meses (p=0,006) e 60 meses (p=0,011) após a TARV. E as modificações na pressão arterial foram encontradas na Pressão Arterial Sistólica nos 48 meses (p=0,004) e Pressão Arterial Distólica nos 24 meses (p=0,025). Houve também associação do desfecho disglicemia e a cor branca (OR:2,5; IC:1,3-4,7 p=0,003); e hipertensão arterial com o uso de bebida alcoólica (OR:1,87; IC:0,99-3,5; p=0,053). Conclui-se que as PVHIV, acompanhadas ambulatoriamente, apresentam significativa prevalência e aumento progressivo de alterações metabólicas após 60 meses de uso da TARV, bem como fatores sociodemográficos e comportamentais associados. Assim, faz-se necessário à construção e implementação de estratégias voltadas à promoção, prevenção e controle dos fatores de risco para as alterações metabólicas nas PVHIV. Considerando a complexidade das condições crônicas, a mudança dos hábitos de vida e identificação precoce de outros fatores de risco deve ser o foco das ações voltadas às PVHIV. |