Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1992 |
Autor(a) principal: |
Traghetta, Dinis Gomes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/54/54132/tde-31032015-164746/
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Resumo: |
Neste trabalho foram utilizadas as técnicas de Ressonância Paramagnética Eletrônica (E.P.R)* e absorção UV-Visível. A primeira foi utilizada para estudar a possível formação de complexos entre o herbicida picloram (4-Amino, 3,5,6 Tricloro Acido Picolinico) e íons metálicos presentes no solo, como o ferro, cobre e manganês, bem como medidas da fotodecomposição do herbicida na forma policristalina para avaliar o possível papel de radicais livres no processo de degradação. Com a absorção em UV-visível estudou-se a fotodecomposição do picloram em solução, utilizando-se um Espectrofotômetro. Foram identificados a formação de complexos íons metálicos-picloram para o ferro(III)e cobre(II). Para o íon cobre(II) foi possível a partir dos parâmetros espectroscópicos, identificar um complexo com simetria rômbica, muito estável, existindo numa faixa de pH entre 2,00 e 7,00, envolvendo como ligantes ao menos duas moléculas de picloram. Para o íon ferro(III), um complexo típico e estável com valor de g = 4,3, característico de S= 5/2 e simetria rômbica foi obtido entre os pH\'s 2,00 e 5,00. Para o íon manganês(II) não ficou evidente a formação de complexos com picloram devido a semelhança dos espectros obtidos para o íon em etanol, solvente utilizado para dissolver o herbicida. Esses resultados mostraram a formação de complexos entre os íons metálicos ferro(III) e cobre(II) com o picloram, reforçando a proposta de um mecanismo efetivo de adsorção do herbicida no solo. As medidas de fotodegradação do picloram em solução aquosa mostraram que ocorre uma redução de 50% da banda eletrônica de absorção ótica em 224 nm, associada ao anel piridínico do herbicida, após 30 minutos de exposição à uma lâmpada de mercúrio de 100 watts. A exposição a luz solar por 6 horas levou a redução da banda de absorção eletrônica em 224 nm, em apenas 8,6%. O efeito reduzido da luz solar pode ser explicado pelo fato de que a maior parte da radiação que chega a Terra, tem comprimentos de onda acima de 292 nm, sendo portanto, pouco efetivo sobre o anel piridínico. Os radicais livres detectados por E.P.R. nas amostras policristalinas de picloram em comprimentos de onda superiores a 300 nm, podem estar ocorrendo também em solução e contribuindo para iniciar o processo de degradação das moléculas do picloram em solução aquosa. O picloram dissolvido em etanol, no entanto, mostrou uma relevante estabilidade frente a degradação. Após 2 horas de exposição à lâmpada de mercúrio, apenas 8,3% da intensidade da banda de absorção do anel piridínico diminuiu. A relevância dos experimentos de fotodegradação reside no fato deste processo vir a ser utilizado como meio de despoluição de águas contaminadas por pesticidas |