Análise dos fatores de influência na felicidade e satisfação com o ambiente educacional de professores universitários

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Motta, Carla Fernandes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5169/tde-16112023-173456/
Resumo: Introdução: Felicidade é sinônimo de bem-estar subjetivo e de satisfação com a vida. É um dos indicadores de qualidade de vida e pode ser definida como uma experiência de emoções positivas combinada a um senso mais profundo de sentido e propósito. A felicidade precede resultados exitosos na vida, incluindo trabalho gratificante, relacionamentos satisfatórios, saúde mental, saúde física e longevidade. O ambiente educacional impacta a percepção da qualidade de vida, assim, deve-se oferecer experiências que levem ao crescimento pessoal e profissional, e, ao mesmo tempo, apoiem a saúde social, física e mental. No âmbito educacional, a satisfação do professor tem influência no desempenho escolar. O professor, ao desempenhar seu papel de role model, pode impactar positivamente o bem-estar de seus alunos e o ambiente educacional como um todo. Objetivo: Analisar os fatores de influência na felicidade e na satisfação com o ambiente educacional de professores universitários. Método: Trata-se de um estudo exploratório e transversal, com abordagem quantitativa, realizada no período de junho a outubro de 2019 com os professores do Centro Universitário de Valença. Foram usados os seguintes instrumentos: Questionário sociodemográfico, Questionário de Satisfação docente com o ambiente educacional, Autoavaliação de Qualidade de vida geral e no trabalho, Item de Felicidade global, Escala de Felicidade Subjetiva, Questionário de Felicidade de Oxford e a Escala de Resiliência - RS14. Resultados: Do universo de 229 docentes, obtivemos uma taxa de resposta de 65,1% (n=149), 47,7% dos professores eram da geração X, 51,7% do sexo masculino, 67,1% casados, 51,7% moradores de Valença, 55,7% praticantes religiosos, 45,6% médicos, 69,8% titulação acadêmica stricto sensu e 49% mais de 10 anos de atuação na docência. O Questionário de Felicidade de Oxford mostrou correlação positiva com resiliência, qualidade de vida geral e no trabalho, e com a satisfação docente no ambiente educacional. Os professores da geração Baby Boomer apresentaram melhor percepção de felicidade, de qualidade de vida geral e no trabalho, além de maior satisfação com o ambiente educacional, com uma caraterística dose-efeito (p<0,05). Os professores com mais tempo de atuação na docência apresentaram melhor percepção de felicidade, resiliência e satisfação no ambiente educacional (p<0,05). A titulação acadêmica mostrou associação positiva com resiliência e orgulho no trabalho, com uma característica dose-efeito (p<0,05). O grupo de professores com melhor percepção de felicidade apresentou diferença significativa em relação aos escores de resiliência e seus domínios, de qualidade de vida geral e no trabalho, e satisfação no ambiente educacional (p<0,001). Conclusão: Maior satisfação no ambiente educacional está associada à melhor percepção de felicidade, resiliência e qualidade de vida. Os professores mais longevos e com maior tempo de docência apresentam melhor percepção de felicidade e estão mais satisfeitos com o ambiente educacional