As práticas epistêmicas e a formação de professores de biologia: uma análise da orientação específica de codificação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Barbosa, Alan de Marco
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/81/81133/tde-24032022-130037/
Resumo: Um dos objetivos mais defendidos na literatura para o ensino de ciências é a alfabetização científica dos estudantes. Um aluno alfabetizado cientificamente deve ser capaz de, dentre outras coisas, desenvolver práticas epistêmicas. Vários fatores influenciam o envolvimento com tais práticas em sala de aula, podendo favorecê-la ou prejudicá-la, incluindo a atuação docente. Esta, por sua vez, é indissociável do ato do planejamento, assim como das intenções, previsões e expectativas do professor. Desta forma, a pergunta investigada neste trabalho foi: Ao planejarem aulas de ciências, quais são as expectativas de professores em formação com relação às práticas epistêmicas de seus alunos? Para tanto, foi aplicado um curso de formação de professores, durante o qual os cursistas planejaram uma Sequência Didática Investigativa (SDI). Após a realização do curso, foram realizadas entrevistas individuais com os cursistas tendo a SDI elaborada como objeto de mediação. Ambas as etapas foram gravadas e transcritas. Os dados provenientes das transcrições foram utilizados para a criação de categorias de análise referentes a regras de reconhecimento, realização passiva e realização ativa no nível da argumentação para práticas epistêmicas. Conclui-se que houve aquisição de regras de realização ativa para atividades com potencial epistêmico, assim como de algumas regras de reconhecimento e realização passiva. É possível afirmar que o curso de formação contribuiu significativamente para este resultado. Por outro lado, nem todos os cursistas possuem a orientação específica de codificação para o potencial epistêmico do planejamento. Isto pode ser explicado por alguns fatores relacionados a cada sujeito, como engajamento diferencial, contexto sociocultural dos, formação acadêmica e vivências antes e após o curso.