Influência da preservação contra a demanda biológica em propriedades de resistência e de elasticidade da madeira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2001
Autor(a) principal: Pinheiro, Roberto Vasconcelos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18134/tde-04042016-161837/
Resumo: A madeira pode ser renovável, de fácil obtenção e custo competitivo, tornou-se com o decorrer do tempo, um dos materiais pioneiros na contrução civil. Porém, no Brasil, o emprego indiscriminado e descontrolado ao longo dos anos, principalmente na construção civil, proporcionou uma redução drástica das florestas nativas das regiões Sul/Sudeste. Conseqüentemente, passou a ser necessária a utilização de madeiras alternativas, e, entre elas, pode-se citar as espécies do gênero Eucalytpus e Pinus. Sabendo-se que tais espécies são altamente susceptíveis à demanda biológica, é indispensável a adoção de medidas preventivas visando melhorar a sua durabilidade. Dentre algumas medidas possíveis, a preservação através da introdução de produtos químicos por processos industriais é a mais eficaz. Uma das questões levantadas a respeito do citado procedimento reporta à sua influência no comportamento intrínseco da madeira, no tocante às suas propriedades mecânicas. Portanto, a partir daí, este projeto tem o objetivo de verificar a influência da preservação química (processo e produto) sob vácuo-pressão contra a demanda biológica, por meio de preservativos hidrossolúveis (tipo CCA e CCB), nas propriedades de resistência e de elasticidade das espécies de Eucalipto Grandis (Eucalyptus grandis) e Pinus Elliottii (Pinus elliottii). Usando apenas o produto CCA, quatro espécies nativas: Angelim (Vatárea sp), Ipê (Tabebuia sp), Copaíba (Copaifera sp) e Jatobá (Hymenaea sp). Como subproduto da pesquisa, foram obtidas algumas relações entre os valores da resistência característica à compressão e ao cisalhamento paralelo às fibras, bem como entre os valores da resistência característica à compressão e a tração paralela às fibras. Também foi objeto de estudo , em uma fase preliminar, a análise da possível variação, ao longo do comprimento da peça, da propriedade de resistência e de rigidez (elasticidade) ) à compressão paralela às fibras, uma vez mantida fixa a posição nos rios. No final, foram obtidos alguns resultados relevantes para a relação entre os valores de compressão paralela da madeira sem preservação e a tratada quimicamente, principalmente referente ao Pinus Elliottii. Nesta espécie, para o tratamento realizado com o CCA, o acréscimo foi de 17% (retenção de 10 kg/m3), enquanto o CCB (retenção em torno de 40 kg/m3) levou a um aumento de 55% em média. Outros resultados passíveis de comentários, referem-se às relações entre propriedades características de cisalhamento e compressão (preservados e sem preservação) para todas as espécies estudadas. Da maneira geral, os valores foram bem superiores àqueles estabelecidos pela NBR 7190/97, alcançando patamares em torno de 50% para as espécies de reflorestamento e 90% para as espécies nativas (exceto para o Ipê). De forma sucinta, pode-se concluir que a preservação química industrial é de extrema relevância, principalmente por não reduzir e, em alguns casos até aumentar os valores das propriedades mecânicas estudadas, além de ser um método comprovado e eficaz contra a biodeterioração.