Utilização de fósforo por ovinos: efeitos de diferentes concentrações na absorção real e perdas fecais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Silva, Tanimara Soares da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/64/64134/tde-13052009-144952/
Resumo: O objetivo do presente trabalho foi determinar a absorção real de fósforo (P), as perdas totais fecais e endógenas do mineral em ovinos alimentados com diferentes concentrações de P na dieta, através da determinação do P inorgânico e radioativo em amostras de sangue, fezes, urina, saliva e líquido do rúmen. Vinte e quatro ovinos machos, castrados, da raça Santa Inês, com peso vivo médio igual a (33,67 ± 1,52) kg e idade média de sete meses foram divididos em dois blocos (períodos) de doze animais cada, num delineamento aleatorizado em blocos. Foram utilizados seis animais por tratamento. Os animais foram alojados em gaiolas para ensaio de metabolismo, sendo oferecida dieta basal contendo farinha de mandioca, farelo de soja, uréia, melaço, mistura mineral, vitamina E e feno de capim Tifton (à vontade) com suplementação em P proveniente de fosfato bicálcico em quantidades suficientes para fornecer 0, 2, 4 e 6 g de P ao dia (T0, T2, T4 e T6), respectivamente. As dietas foram consideradas isocalóricas e isoprotéicas. Nos últimos dois dias do período de adaptação, foram coletadas amostras de sangue, fezes, urina, saliva e líquido do rúmen para a determinação do fósforo inorgânico. Após, foram injetados 7,4 MBq de \'ANTPOT. 32P\' (\'Na IND.2\'H \'ANTPOT. 32P\' O IND.4\') na jugular de cada animal e durante 7 dias foram coletadas amostras de sangue, fezes e urina a intervalos de 24 horas após a injeção. Nos últimos três dias de experimento foram coletadas amostras de saliva e líquido do rúmen antes da alimentação. Os resultados foram submetidos à análise de variância e regressão. As concentrações de P fornecidas na dieta mantiveram normais as concentrações plasmáticas de P. A excreção fecal de P, as perdas endógenas fecais, a absorção real de P e os teores de P no rúmen foram correlacionados ao consumo do mineral. A absorção real e as perdas fecais totais e endógenas apresentaram valores médios de (2,45 ± 1,19) g dia-1, (3,81 ± 2,06) g dia-1 e (1,76 ± 0,91) g dia-1, respectivamente. Foi encontrada correlação positiva entre o consumo de P e os parâmetros P excretado nas fezes (r = 0,96), P endógeno fecal (r = 0,79; P<0.01), P no rúmen (r = 0,71; P<0.01) e absorção real de P (r = 0,85; P<0.01). Em termos percentuais, a absorção real de fósforo foi de 55%, a excreção fecal total de fósforo correspondeu a 84% do total consumido. As perdas endógenas de P representaram 46% do P total excretado e 39% do P ingerido. O máximo recomendado para os animais estudados em função da idade e peso vivo dos mesmos para reduzir a potencialidade de contaminação ambiental corresponde ao valor de 5 g P de ingestão diária por animal.