Biotensoativos como estabilizantes de nanocristais de niclosamida: potencializando a estabilidade, a solubilidade e o perfil de citotoxicidade.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Pereira, Erika Aparecida Mol
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9139/tde-23072024-104555/
Resumo: Os biotensoativos são compostos tensoativos de origem biológica, estáveis em uma ampla faixa de temperatura, pH e salinidade. Neste trabalho, investigou-se a capacidade dos biotensoativos raminolipídeo (RAM), soforolipídeo (SOFO) e surfactina (SURF) para estabilizar uma suspensão aquosa nanocristalina de niclosamida (NCL) e de melhorar a solubilidade do fármaco. Os resultados foram comparados com os obtidos utilizando os tensoativos sintéticos tween 80 (TW) e soluplus (SOLU). No conjunto, observamos que RAM, SOFO e SURF demonstraram eficácia comparável à de TW e SOLU na estabilização da suspensão nanocristalina de NCL. As formulações contendo 3% (m/m) de tensoativo apresentaram melhor estabilidade a 4ºC e 25ºC por três meses. Os três biotensoativos também levaram a uma melhora na solubilidade aquosa do NCL. O melhor desempenho foi observado para a formulação SURF 3% (m/m) (1157,48 µg/mL) com capacidade de solubilização da NCL duas vezes maior em comparação com a melhor formulação de tensoativo sintético (TW 3% (m/m), 542,57 µg/mL) e 622,30 vezes mais que o fármaco sólido puro (1,86 µg/mL). A viabilidade celular não foi comprometida pelos biotensoativos isoladamente, indicando que seu efeito citotóxico na formulação está relacionado à capacidade de solubilização da NCL. A formulação NCL/SURF destacou-se como a mais eficaz, alcançando um efeito máximo de citotoxicidade de 80% na concentração de 1000 nM, enquanto as outras formulações atingiram um efeito máximo de 71% em concentrações a partir de 1.500 nM. Considerando o equilíbrio entre a estabilidade da formulação, o aumento da liberação do fármaco e a citotoxicidade, os três biotensoativos estudados neste trabalho apresentaram vantagens potenciais significativas sobre os análogos sintéticos, sugerindo grande potencial para sua aplicação no desenvolvimento farmacêutico.