Análise de alguns indicadores de risco de doenças em indivíduos lesados medulares praticantes de exercício físico OU Análise de alguns indicadores de risco de doenças crônicas em indivíduos lesados medulares praticantes de exercício físico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Silva, Regina Célia da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/89/89131/tde-22032023-115702/
Resumo: A lesão medular é considerada um dos mais severos processos incapacitantes, por resultar em alterações das funções motora e sensitiva, além de uma série de comprometimentos metabólicos. Por outro lado, o engajamento de pessoas com incapacidade física em programas de atividade esportiva, aliado a um planejamento alimentar, podem minimizar as seqüelas do trauma e o risco de desenvolvimento de doenças relacionadas. OBJETIVO: Comparar alguns parâmetros bioquímicos e de avaliação nutricional, indicativos de risco de doenças crônicas, entre indivíduos portadores de lesão medular praticantes de exercício físico e sedentários. METODOLOGIA: Foram avaliados 28 indivíduos do sexo masculino, divididos em dois grupos: exercitado (EX n=16) e sedentário (SED n=12). Os parâmetros avaliados foram: consumo alimentar, através do recordatório de 24 horas; avaliação da composição corporal: peso e altura e DEXA; avaliação bioquímica: glicemia de jejum, lipídeos plasmáticos (colesterol total, HDL-C, LDL-C e triacilgliceróis), uréia e creatina. Todos os parâmetros avaliados foram comparados através do teste t-student para variáveis independentes, assumindo como significativo o valor α ≤ 0,05. A comparação entre estimativa das necessidades energéticas basais e o consumo calórico diário de ambos os grupos foi avaliada através do teste t para variáveis dependentes. RESULTADOS: O grupo SED apresentou uma tendência a sobrepeso. Ambos os grupos apresentaram valores baixos para o HDL-C. A uréia e a creatina apresentaram valores dentro da normalidade. Observou-se desbalanço na ingestão dos macronutrientes. O grupo SED não apresentou diferença significativa entre a estimativa do gasto energético basal e a ingestão calórica, o que denota alteração das necessidades energéticas. CONCLUSÕES: As fórmulas preditivas do gasto energético basal superestimam os valores em lesados medulares, principalmente no grupo SED. A adequação da dieta deve ser instituída, em ambos os grupos, independente de fatores de risco presente. Futuros trabalhos poderiam estabelecer padrões de referência e outros protocolos de avaliação para este grupo populacional, pois só assim será possível identificar os indivíduos com risco de desenvolver doenças crônicas. Enquanto isso não acontece os métodos de avaliação continuam incompletos e incertos.