Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2025 |
Autor(a) principal: |
Pinho, Rebeca Tadiello |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27162/tde-28032025-091509/
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Resumo: |
Como qualificar moveres em dança? Esta pesquisa foi erguida a partir dessa interrogação, também sustentada pelo processo de elaboração do solo intitulado Estudos sobre mover (2022-2024). O solo-estudo em questão é tratado como uma matéria de teste, em que hipóteses referentes à elaboração/produção do mover são testadas e discutidas, averiguando como uma dada especificidade de movimento se transforma enquanto materialidade criativa. A partir da experiência de criação desse solo, pretende-se debater, nesta dissertação, algumas questões relacionadas à investigação do movimento, argumentando sobre como a relação experimental propõe um modo compositivo em dança. Para isso, transitamos entre algumas interfaces de discussão, considerando os seguintes aportes teóricos: a partir da Teoria Corpomídia (Katz & Greiner, 2010, 2021), dimensiona-se o corpo como uma materialidade processual em constante ressignificação, abordando a investigação do movimento como um processo em que possibilidades motoras, poéticas e sígnicas são testadas a fim de tensionar a materialidade movimento em relação a alguma questão criativa. Em diálogo com a Lógica Semiótica de Charles S. Peirce (1867-1878, 1894, 1903), propõe-se um entendimento de lógica de movimentação, tomando a elaboração do mover como uma forma de raciocínio. Ainda em proximidade com o pensamento de Peirce e, também, adentrando a concepção de moveres (Bastos, 2017), discute-se sobre qualidade formal do movimento, atentando para como uma dada movimentação se modula, complexifica-se e especifica-se durante o processo investigativo. Nisso, procura-se argumentar sobre como os moveres se qualificam a partir de uma determinada proposta. Adentrando um pouco mais à Lógica Peirciana, debate-se, a partir da Lógica Abdutiva (tipo de raciocínio responsável pela elaboração de hipóteses), como o quesito investigativo caracteriza um modo de se relacionar com a própria produção do movimento. Nesse viés, argumenta-se sobre como o movimento de dança atua enquanto hipótese e, a partir de exemplos recortados da criação do solo-estudo, discorre-se sobre algumas operações de elaboração gestual que podem ser interpretadas como especificidades do raciocínio abdutivo. Por fim, considera-se como a relação experimental, investigativa e hipotética, que se traça diante da elaboração do movimento, qualifica também um modo de compor em dança. |