Relações intersetoriais da economia acreana e sua inserção na economia brasileira: uma análise insumo-produto.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Silva, Lana Mirian Santos da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11132/tde-27102004-155009/
Resumo: Este estudo aplicou os princípios da teoria insumo-produto para analisar a importância relativa dos setores primários e, em especial, do setor florestal para a economia acreana, bem como a sua dependência com relação às regiões resto do Norte e resto do Brasil. Os resultados decorrentes desta análise também permitiram caracterizar a estrutura produtiva do Acre, os seus setores-chave e o efeito multiplicador de cada setor econômico em termos de produção, emprego, renda e importação. Através dos resultados obtidos, a hipótese inicialmente formulada de que os setores primários juntamente com os setores relacionados ao comércio e serviços constituem a base da economia acreana pôde ser confirmada. Destaca-se também o fato de os setores Extrativismo vegetal e silvicultura, Indústria da madeira, Indústria do mobiliário, Fabricação de celulose, papel, papelão e artefatos de papel, Indústria editorial e gráfica, e Indústria da borracha, constituintes do macro-setor florestal, não exercerem de fato papel chave na economia acreana, apesar do impacto positivo destes na geração de empregos diretos. Se utilizados os índices de Hirschman-Rasmussen, esse papel chave é exercido pelos setores Metalurgia básica, Indústria têxtil, Outros metalúrgicos, Comunicações, Indústria de alimentos, Químicos diversos, Serviços industriais de utilidade pública, e Instituições financeiras. Se utilizados os índices puros, surgem como setores-chave para a economia acreana os setores Comércio, Saúde pública, Construção civil, Serviços prestados às empresas e Outros administração pública. Em termos de efeito multiplicador de produção, emprego, renda e importação, os setores relacionados a Abate de animais merecem destaque nessas quatro categorias. Industria têxtil e Metalurgia básica se destacam pelo efeito multiplicador da produção; Elementos químicos e Comunicações, pelo efeito multiplicador de emprego; Metalurgia básica e Automóveis, caminhões, ônibus e peças pelo efeito multiplicador da renda, e Saúde mercantil e Indústria da madeira destacaram-se pelo efeito multiplicador de importações. Através da decomposição da produção total de cada região (Acre, resto do Norte e resto do Brasil) em produção induzida pela demanda final da própria região e produção induzida pela demanda final das demais regiões do sistema, constata-se uma baixa ligação entre todas as regiões do sistema inter-regional. No entanto, uma variação na demanda final dos setores do Acre afeta mais a produção da economia do resto do Brasil do que do resto do Norte. A matriz de insumo-produto construída neste trabalho permitiu a estimação do PIB florestal acreano em R$ 17,78 milhões, o que corresponde a 1,15% do PIB total acreano. Os resultados aqui apresentados servirão como marco de comparação para as futuras relações inter-setoriais e inter-regionais decorrentes das grandes transformações pelas quais o estado do Acre passará em breve, quando estiver então efetivamente integrado via rodoviária aos países vizinhos e ao Pacífico.