Proliferação e apoptose em endométrio tópico e ectópico de pacientes com endometriose peritoneal, ovariana e de septo reto-vaginal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Aguiar, Flávia Maciel de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
fas
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17145/tde-03052024-115545/
Resumo: Tanto o endométrio tópico quanto o ectópico de mulheres com endometriose exibem uma série de anormalidades. A importância da proliferação celular e da apoptose na gênese da endometriose vem sendo estudada, mas os resultados ainda são controversos. O objetivo desse estudo foi comparar o padrão de proliferação celular e de apoptose no endométrio tópico e ectópico de pacientes com endometriose, avaliando separadamente as lesões peritoneais, os endometriomas ovarianos e as lesões de septo reto-vaginal. Foi avaliada a expressão do marcador de proliferação celular PCNA e o marcador de apoptose fas em 22 amostras de endométrio tópico e ectópico de mulheres com endometriose, na fase proliferativa do ciclo menstrual (lesão peritoneal = 6 casos; lesão ovariana = 10 casos; lesão de septo reto-vaginal = 6 casos), avaliando separadamente tecido glandular e estromal. Foi observado maior índice de proliferação celular (IPC) no componente glandular do tecido endometrial ectópico quando comparado ao tópico (0,12 ± 0,04 e 0,18 ± 0,06, respectivamente) (p=0,034). No tecido ectópico, foi observado maior IPC na lesão peritoneal quando comparada somente com a lesão de septo reto-vaginal (0,14 ± 0,07 e 0,01 ± 0,01, respectivamente) (p=0,009). Na avaliação do estroma, encontramos maiores IPC no tecido tópico do que no ectópico (0,05 ± 0,01 e 0,02 ± 0,01, respectivamente) (p=0,01). O estroma do endométrio tópico das lesões peritoneais apresentou maior IPC que o correspondente da lesão ovariana (0,09 ± 0,02 e 0,04 ± 0,01, respectivamente) (p=0,04). Não foi observado diferença na expressão do marcador fas entre o endométrio tópico e ectópico, ou entre as diversas lesões endometrióticas. Os resultados confirmam a participação de mecanismos de proliferação celular na gênese da endometriose, com especial importância nas lesões peritoneais, reforçando a teoria de que estas lesões sofrem regulação distinta dos seus mecanismos intrínsecos de crescimento e manutenção. A via de apoptose relacionada às proteínas de membrana da família do fas/fas-L parece não ser importante, mas futuros trabalhos são necessários para confirmar estes dados.