Comparação da qualidade de vida relacionada à saúde bucal em pacientes submetidos à preservação alveolar com dois substitutos ósseos associados à reabilitação com implantes na zona estética

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Guttiérrez, Raquel Stephani Brito
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23139/tde-27082021-155418/
Resumo: A perda dentária é uma condição muito prevalente na população em geral. A exodontia não resulta apenas na perda dentária, mas também na alteração do volume e formato do rebordo alveolar original, podendo inviabilizar o tratamento com implantes dentários. Os substitutos ósseos são utilizados para minimizar a perda volumétrica e viabilizar a reabilitação. A percepção do paciente em relação à qualidade de vida relacionada à saúde bucal (OHRQoL) é um fator decisivo para o sucesso do tratamento, especialmente em zonas estéticas. Os instrumentos de OHRQoL, principalmente o Perfil de Impacto em Saúde Oral (OHIP-14) e a Escala Visual Analógica (VAS), são importantes medidas de desfecho relatadas pelo paciente (PROMs). Este trabalho avaliou um desfecho secundário de um ensaio clínico randomizado. O objetivo deste estudo foi avaliar o impacto da preservação alveolar (ARP) na zona estética com a matriz óssea bovina desmineralizada (DBBM) comparada com a matriz óssea bovina desmineralizada com 10% de colágeno (DBBM-C) na OHRQoL desde a exodontia até 1 ano depois da reabilitação com prótese sobre implantes. Foram incluídos 66 pacientes com necessidade de exodontia e ARP, sendo tratados em seguida por procedimentos de reabilitação com implante dentário e coroa protética. Os pacientes foram alocados em dois grupos de acordo com o desfecho primário, grupo teste (DBBM), e grupo controle (DBBM-C). A avaliação da OHRQoL foi feita por meio dos instrumentos OHIP-14 e VAS, conduzidos em 4 tempos: pós-operatório da exodontia e ARP (T1), pós-operatório da instalação do implante (T2), consulta de controle de 2 a 4 semanas após a instalação da prótese (T3) e consulta de controle de 1 ano (T4). As médias e desvio padrão do escore total do OHIP-14 foram 15,8 ± 11,4 para grupo teste, e 18,5 ± 11,7 para grupo controle em T1, 12,3 ± 10,3 para grupo teste, e 11,6 ± 10,0 para grupo controle em T2, 5,4 ± 7,2 para grupo teste, e 5,8 ± 7,4 para grupo controle em T3, 8,2 ± 9,5 para grupo teste, e 9,9 ± 10,7 para grupo controle em T4. Não foi observada diferença significativa entre os grupos em cada tempo (p>0,05). Houve uma melhora significativa na OHRQoL após a instalação das próteses em ambos os grupos (p<0,05), o que se manteve após 1 ano (p>0,05). Na avaliação do paciente em seu impacto na OHRQoL, a ARP com DBBM mostrou-se tão satisfatória quanto DBBM-C. Adicionalmente, foi demonstrada uma piora da OHRQoL nas consultas pós-operatórias (T1 e T2), e uma melhora nas consultas após instalação da prótese sobre implante (T3 e T4).