Desfechos em pacientes com hipertensão arterial pulmonar descompensada admitidos em unidade de terapia intensiva

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Garcia, Marcos Vinicius Fernandes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5150/tde-19012023-101300/
Resumo: Introdução: A mortalidade por descompensação aguda de hipertensão arterial pulmonar (HAP) e hipertensão pulmonar tromboembólica crônica (HPTEC) na unidade de terapia intensiva (UTI) é alta. Pouco se sabe sobre os determinantes prognósticos dessas condições. Objetivo: Testar a hipótese de que a gravidade da hipertensão pulmonar (HP) avaliada por uma versão simplificada da estratificação de risco da Sociedade Europeia de Cardiologia e Sociedade Respiratória Europeia (ESC/ERS), e a gravidade da disfunção orgânica na admissão à UTI, medida pelo escore de avaliação sequencial de falência de órgãos (SOFA) estão associados à mortalidade hospitalar em pacientes descompensados com HAP e HPTEC. O segundo objetivo foi explorar variáveis clínicas e laboratoriais na primeira semana de internação na UTI. Métodos: Este é um estudo de coorte multicêntrico retrospectivo. Incluímos todos os pacientes adultos com HAP ou HPTEC descompensados, com admissão não planejada na UTI entre 2014 e 2019. Aplicamos gráficos acíclicos direcionados para identificar fatores de confusão e modelos de regressão logística multivariada para identificar se a classificação de estratificação de risco e SOFA estavam associados à mortalidade hospitalar. Um modelo preditivo foi elaborado usando um algoritmo de árvores de decisão, baseado na estratificação de risco ERS/ESC e SOFA. O modelo preditivo foi avaliado pela técnica de validação cruzada de 10 vezes para treinamento e teste do modelo. Resultados: 73 pacientes foram incluídos. A mortalidade hospitalar foi 41,1%. A estratificação de alto risco ESC/ERS (OR ajustado 95,52, IC95% 4,45 - 2049,38) e SOFA (OR ajustado 1,77, IC95% 1,32 - 2,38) foram associados à mortalidade hospitalar e os resultados permanecerem os mesmos após análise de sensibilidade. A árvore de decisão baseada na estratificação de risco da HP e SOFA produz grupos com mortalidade hospitalar entre de 8,1% e 100%. Os não sobreviventes apresentaram menor saturação venosa central de oxigênio, maior lactato e maior peptídeo natriurético cerebral no final da primeira semana de UTI quando comparado aos sobreviventes. Conclusões: A versão simplificada da estratificação de risco ESC/ERS e o SOFA estão associados à mortalidade hospitalar de pacientes admitidos com HP descompensada. Essas variáveis combinadas em uma árvore de decisão produzem quatro grupos com diferentes mortalidades hospitalares