O trabalho em memória: ausências e resistências nas políticas do patrimônio cultural em São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Darviche, Yasmin
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16133/tde-11112022-153942/
Resumo: O futuro do trabalho é tema na atual conjuntura mundial. Da flexibilização dos contratos à organização de trabalhadores informais fica evidente a centralidade da questão. O tema compõe pautas econômicas e sociais, mas a invisibilidade do trabalhador como parte da política neoliberal parece justificar a redução de seu valor cultural. Por isto, esta pesquisa tem como objetivo compreender o que constitui o patrimônio do trabalho à luz de reflexões sobre suas representações para os sujeitos sociais, bem como para os órgãos oficiais de patrimônio que atuam no estado de São Paulo. Estabelece como objeto de análise três bens culturais localizados no estado de São Paulo: a Fábrica Brasital e antigas residências de operários em São Roque, tombados pelo Condephaat; a Companhia Nitro Química Brasileira, tombada pelo Conpresp; e o Estádio 1o de Maio, em processo de tombamento pelo Iphan. Tais escolhas baseiam-se em concepção ampla sobre o patrimônio do trabalhador, envolvendo trabalho, moradia, lazer e luta. Tem como períodos de análise a década de 1980 e os anos 2000, entendidos como momentos em que o campo do patrimônio teve condições de caminhar no sentido de ampliação conceitual e democratização das práticas de preservação. O desenvolvimento da pesquisa pautou-se em temas do patrimônio cultural nas três instâncias brasileiras, na história social do trabalho, e na historiografia da arquitetura voltada ao tema do trabalho; pesquisa bibliográfica específica a cada caso; visitas técnicas; processos de tombamento, e entrevistas com pesquisadores, sujeitos sociais, e técnicos do patrimônio envolvidos com os dossiês de estudo, com os processos de tombamentos, ou cujas trajetórias de vida foram atravessadas pela existência dos objetos analisados. Temas como patrimônio industrial, patrimônio como direito coletivo e propriedade privada, lugar de memória e museus compõem a análise.