O farmacêutico no serviço público de saúde: a experiência do Município de Ribeirão Preto - SP

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Mestriner, Darlene Caprari Pires
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17139/tde-16022007-105945/
Resumo: O presente trabalho foi baseado no estudo qualitativo de análise documental, da implantação da Assistência Farmacêutica na SMS-RP, compreendendo o período de 1988 a 2001. O propósito deste estudo foi analisar os fatores do desenvolvimento do trabalho farmacêutico nesta Secretaria, assim como o impacto do processo de descentralização da Assistência Farmacêutica e a correlação entre: serviço de saúde, medicamento e farmacêutico na estruturação e desenvolvimento do SUS. Os resultados demonstram que ocorreram mudanças significativas após a contratação de farmacêuticos, em 1988, alterando a maneira de selecionar, adquirir, distribuir, dispensar e controlar os medicamentos, assegurando eficiência na aplicação dos recursos públicos. Constatou-se que os gastos com medicamentos foram em média 3,75% do gasto total com saúde e o gasto per capita/ano com medicamentos subiu de R$ 4,64 em 1996 para R$ 8,22 em 2001, mantendo-se a estabilidade dos custos unitários (média de R$ 0,092/unidade), demonstrando o cumprimento da estratégia principal: propiciar acesso da população aos medicamentos. A dispensação de medicamentos passou de 5,8 milhões de unidades em 1991 para 50,1 milhões em 2001. Verificou-se que o município de Ribeirão Preto foi um dos pioneiros na descentralização das ações de saúde, dessa maneira conseguindo ampliar atividades numa proposta de mudança de modelo, incluindo a assistência farmacêutica como um dos pilares desse desenvolvimento. A contratação de profissional farmacêutico foi um marco para dar início à discussão de uma efetiva política de medicamentos no âmbito municipal. A efetividade também é demonstrada na organização e sistematização do controle dos medicamentos, ainda que provenientes de várias fontes. Apesar de todo o crescimento até o atual momento, o número de farmacêuticos chega apenas a 2% do número de profissionais de nível universitário da SMS -RP, insuficientes para a expansão dos novos projetos, que priorizam a relação direta farmacêutico/paciente, na implantação da atenção farmacêutica, o que poderá levar a um melhor uso desse poderoso instrumento, o medicamento, agora gerenciado, mas com um grande caminho a percorrer em relação à atenção à clientela, favorecendo o uso racional dos medicamentos.