O impacto da diversificação no desempenho das empresas industriais listadas na BOVESPA (1997 a 2006)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Andrade, José Mauro Ferraz
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12139/tde-07102008-120550/
Resumo: Este trabalho segue a premissa de que a administração financeira tem por objetivo maximizar a riqueza dos proprietários. Assim, se for considerado que a diversificação exerce algum tipo de influência no valor das empresas, é porque o mercado entende que existe um impacto no fluxo futuro de caixa e/ou no risco de mercado percebido. Segundo Li e Jin (2006, p. 20), existem diversos estudos sobre o efeito da diversificação dos negócios das empresas. Os estudos podem se distinguir entre aqueles que apontam para o benefício, para o custo e para insignificância da diversificação no desempenho das empresas. As vantagens da diversificação representam os motivos, para diversificar, que aumentam o valor de uma empresa e os custos da diversificação representam os motivos, para diversificar, que reduzem o valor de uma empresa. Considerando isso, as empresas deveriam diversificar os negócios até o ponto em que as vantagens de diversificar se igualem aos custos e vice-versa. Assim, este trabalho tem por objetivo geral verificar a existência de impactos da diversificação de produtos/negócios sobre a performance das empresas industriais listadas na Bovespa. Para este propósito, utilizaram-se duas metodologias: o Modelo I adaptado de Berger e Ofek (1995) foi aplicada em 37 empresas nos anos de 1997 a 2006, num total de 278 observações, cujo objetivo é avaliar o impacto da diversificação do portfólio de produtos/negócios no valor de mercado das empresas; o Modelo II adaptado de Li e Jin (2006) foi aplicado em 15 empresas, nos anos de 2000 a 2006, num total de 68 observações, cujo objetivo é avaliar o impacto da diversificação do portfólio de produtos/negócios das empresas no retorno para os acionistas. Com base nos testes do Modelo I, considera-se como mais forte a hipótese de relação curvilínea em U entre diversificação dos produtos/negócios das empresas e o valor de mercado destas. Os testes para o Modelo II apontaram para fortes evidências de relação curvilínea em U invertido da diversificação dos produtos/negócios das empresas e o retorno que estas proporcionam aos seus acionistas. Como pode ser percebido pelos testes dos modelos (I e II) existem fortes evidências de que à medida que a empresas se diversificam, elas perdem valor de mercado e aumentam o retorno para os acionistas até certo ponto, quando então passam a ganhar valor de mercado e reduzir o retorno para os acionistas. Seguindo o argumento de Li e Jin (2006) as empresas com maior retorno para os acionistas têm menor valor de mercado em função do desconto pelo maior risco percebido e as empresas com menor retorno têm maior valor devido ao menor risco percebido. Este argumento justifica a curva inversa para os testes para a relação entre valor de mercado e diversificação do Modelo I e retorno para os acionistas e diversificação do Modelo II.