Leitura e escrita de crônicas no Ensino Fundamental II - anos finais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Rosiska, Paula
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8162/tde-31102024-113819/
Resumo: Professores da educação básica, há anos, deparam com o desafio de proporcionar o letramento literário a jovens que, devido a fatores histórico-sociais, estão distantes da palavra escrita. Os quase dois anos de ensino remoto, implementado às pressas na pandemia de Covid-19, culminaram em ainda mais distanciamento das leituras que, costumeiramente, apenas chegam às pessoas por meio do ambiente escolar. Enquanto docentes e estudantes estavam em processo de letramento digital, para emular esse ambiente em plataformas de ensino, as leituras literárias foram justificadamente postergadas. Em virtude de tais circunstâncias, o desenvolvimento das habilidades de leitura e escrita dos estudantes, exigidas dos alunos do Ciclo Autoral, tornou-se tarefa ainda mais intrincada. Diante do quadro apresentado, foi elaborada uma adaptação de sequência didática, como desenvolvida por Dolz, Noverraz e Schneuwly (2004), a ser aplicada no sétimo ano de uma escola da rede municipal de São Paulo. Para isso, o gênero crônica foi escolhido, porque, além de abordar os temas do cotidiano, que passaram a ser valorizados após o isolamento pandêmico, é um texto enxuto, com linguagem coloquial. Como embasamento teórico sobre o gênero, recorremos sobretudo aos estudos de Arrigucci (1987); Candido (1981); Candido (2011) e Coutinho (2003). Acerca das práticas de ensino de leitura e escrita, Antunes (2010, 2017), Cosson (2020, 2022), Jolibert (1994), Rouxel; Langlade; Rezende (2013) respaldam este trabalho, que teve como ponto de partida, roda de conversa para diagnosticar os hábitos de leitura dos meus alunos. A partir do que foi verificado, fez-se necessário adaptar alguns conceitos de Dolz, Noverraz e Schneuwly (2004), para iniciar a proposta de produção, para que os jovens estivessem em processo de autoria compreendendo seu papel na esfera literária ainda que em ambiente escolar. A partir da verificação das produções textuais, com estabelecimento e tabulação de critérios de análise, foi possível constatar que os textos selecionados e trabalhados em sala de aula tiveram influência na escrita dos estudantes indicando a importância do desenvolvimento de uma proposta voltada para quem desenvolve a produção em um trânsito entre o que já foi escrito e o que podemos escrever