Processos de carstificação e hidrogeologia do Grupo Bambuí na região de Irecê-Bahia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1986
Autor(a) principal: Guerra, Ari Medeiros
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44131/tde-16072015-102536/
Resumo: Neste trabalho é analisada a evolução dos processos de carstificação na seqüência carbonática do Grupo Bambuí na Chapada de Irecê (BA), com vistas a sua aplicação na elucidação do quadro hidrogeológico resultante. Nos processos de carstificação foram analisados basicamente os parâmetros água, composição química das rochas e elementos estruturais, como fatores fundamentais na evolução do processo. Como resultado da integração destes fatores evidenciou-se um quadro cárstico pouco desenvolvido em toda porção norte, evoluindo gradativamente para sul e zona de contato leste com o Grupo Chapada Diamantina, onde o carste se apresenta em fase evoluída de desenvolvimento. Ajustado a este quadro tem-se o comportamento hidrogeológico do sistema aqüífero, que se apresenta em toda porção norte como um aqüífero cárstico/fissural, passando a francamente cárstico na porção sul e nas faixas de contato leste com os quartzitos do Grupo Chapada Diamantina. Utilizou-se como base na avaliação hidrogeológica, as feições morfo-estruturais de superfície, co-relacionadas com os dados de pluviometria, piezometria, capacidade específica dos poços, variações sazonais de níveis hidrostáticos, e qualidade química das águas subterrâneas. Através do método estatístico de análise de tendência foram construídos mapas de isolinhas e superfícies de tendência sendo possível o zoneamento das áreas potencialmente mais promissoras. Nas zonas carstificadas tem-se as maiores disponibilidades de águas subterrâneas, facilitada naturalmente pelas melhores condições de armazenamento e recarga. A drenagem subterrânea é francamente subordinada aos fatores estruturais, como as falhas e grandes fissuras, que desempenham papel importante no processo. A taxa média de recarga foi estimada em 3,9% das precipitações, 23,4\'10 POT. 3\'\'m POT. 3\'/ano/\'Km POT. 2\', o que representa \'223.10 POT. 6\'\'m POT. 3\' para uma área de 9.150 \'Km POT. 2\' de superfície cárstica. ) Qualitativamente não existem grandes restrições ao uso das águas subterrâneas para o consumo humano, pecuário e na irrigação.