Ultrassom endoscópico convencional versus ultrassom endoscópico com métodos aprimorados no diagnóstico diferencial de lesões pancreáticas benignas e malignas: revisão sistemática e metanálise

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Marinho, Fábio Ramalho Tavares
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5168/tde-03072020-162934/
Resumo: Introdução: O diagnóstico diferencial das lesões pancreáticas é um desafio. O ultrassom endoscópico (EUS) e, mais recentemente, os métodos aprimorados (EUS com contraste e elastografia) mostraram individualmente alta precisão nesta avaliação. No entanto, poucos estudos compararam o desempenho diagnóstico de ambos os métodos. Objetivo: Avaliar se o EUS com métodos aprimorados é superior ao EUS convencional no diagnóstico do câncer de pâncreas através de uma revisão sistemática e metanálise de estudos comparativos entre os dois métodos. Métodos: O protocolo deste estudo foi registrado no International Prospective Register of Systematic Reviews (PROSPERO), do Centre for Reviews and Dissemination da University of York, sob o número CRD42017056318. Foi realizada uma revisão sistemática nas bases de dados MEDLINE/PubMed, CINAHL, Scopus, Embase, LILACS, Cochrane/CENTRAL. Os critérios de inclusão foram: estudos comparativos entre EUS convencional e EUS com métodos aprimorados; estudos de casos consecutivos ou controlados (grupo EUS convencional e grupo EUS com métodos aprimorados); inclusão apenas de pacientes adultos com lesões pancreáticas focais císticas ou sólidas; estudos que contenham dados de sensibilidade, especificidade ou acurácia dos métodos avaliados (ou fornecimento de dados que possibilitem seu cálculo); método padrão ouro sendo histopatológico (biópsia por via endoscópica ou ressecção cirúrgica) e/ou seguimento clínico/radiológico por no mínimo 6 meses; artigos em inglês, português ou espanhol. Os artigos foram préselecionados pela avaliação dos títulos e resumos e, em seguida, foram avaliados pelo texto completo em relação aos critérios de inclusão e exclusão. Valores absolutos de verdadeiro positivo, verdadeiro negativo, falso positivo e falso negativo foram coletados e agrupados em tabelas 2x2. Foram realizadas metanálises de sensibilidade, especificidade e razão de verossimilhança. A precisão diagnóstica de cada método foi calculada pela área sob a curva ROC (Receiver Operating Characteristic). A probabilidade pós-teste também foi calculada. Resultados: O grupo EUS aprimorado mostrou maior acurácia que o grupo EUS convencional no diagnóstico correto de lesões pancreáticas benignas ou malignas (91,87% versus 76,51%, respectivamente). O EUS aprimorado aumentou em 5% a chance de diagnosticar corretamente um caso de câncer pancreático quando comparado ao EUS convencional. O método aprimorado também apresentou melhor sensibilidade, especificidade, razão de verossimilhança positiva e negativa. Nas análises de subgrupo por lesão pancreática sólida e por método aprimorado ultrassom com contraste, o grupo EUS aprimorado também apresentou maior acurácia que o grupo EUS convencional (90,76% versus 76,86%; 91,79% versus 72,57%, respectivamente). Conclusões: O EUS aprimorado tem maior precisão diagnóstica e maior probabilidade de diagnosticar corretamente um caso de câncer de prâncreas do que o EUS convencional