Marcha de absorção do nitrogênio do solo, do fertilizante e da fixação simbiótica em caupi (Vigna unguiculata (L.) Walp.) e feijão comum (Phaseolus vulgaris L.) Determinada usando 15N

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1992
Autor(a) principal: Brito, Marciano de Medeiros Pereira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11140/tde-20191218-155539/
Resumo: Dois experimentos foram realizados com caupi (cv. CNC x 284-4E) e feijão (cv. Carioca) em casa de vegetação, utilizando vasos com 5 Kg de terra (LE), com os objetivos de avaliar, através da técnica da diluição isotópica-15N e como plantas controles arroz e soja não nodulante: a) as contribuições relativas das fontes de N (N2-fixação simbiótica, N-solo e N-fertilizante) aos 17, 24, 31, 38, 47, 58, 68 e 78 dias após a semeadura (DAS). Comparou-se também duas técnicas para avaliação da fixação de N2 : método isotópico (DI) e método da diferença (MD) (Exp. l); b) Os efeitos das doses de N (2, 15, 30, 45 e 60 ppm de N-uréia) aos 23, 40 e 76 DAS sobre a fixação simbiótica de N2 (Exp. 2). Durante as amostragens avaliou-se a atividade da nitrogenase e na parte aérea das plantas determinou-se a massa seca (MS), N-total (QNT) e 15N. Os resultados permitiram as seguintes conclusões: - No Exp. 1, o acúmulo de MS e de N absorvido (QNT) aumentaram significativamente em cada época de desenvolvimento das culturas, sendo maior no período de enchimento das vagens e maturação fisiológica (MF) (58-78 DAS para caupi e 47-78 DAS para feijão). - Na MF (78 DAS), o caupi acumulou 706,32 mg N/planta, 93% do qual derivado da fixação (%Nfix, 5,8% vindo do solo (%NPPS) e 1,2% do fertilizante (%NPPF). Da máxima QNT acumulada pelo feijão aos 68 DAS (298, 12 mg N/planta), esses valores foram de 83%, 13,6% e 3%, respectivamente. - As baixas contribuições relativas do N do solo e do fertilizante para o N das vagens evidenciaram que a maior fonte de N para esses órgãos foi o Nfix (95 e 89% para caupi e feijão, respectivamente). - Os resultados de % Nfix e QN Nfix pelo feijão e caupi aos 31, 38, 47, 58, 68 e 78 DAS (controle = arroz) e 31, 58 e 78 DAS (controle = soja não nodulante), indicaram de um modo geral boas concordâncias entre o DI e MD. - Arroz e soja não nodulante foram adequadas plantas controles durante os períodos citados acima, porém não válido para as demais épocas ( 17 e 24 DAS) devido a influência do N da semente, principalmente para soja não nodulante. - No Exp. 2, a QNfix variou de 130,46, a 207,53 mg N/planta (55,59 a 81,49%) para caupi e de 123, 73 a 170,64 mg N/planta (55,06 a 71,89%) para feijão, dependendo da quantidade de N aplicado. As baixas temperaturas influenciaram nesses resultados. - A aplicação de 45 e 60 ppm de N tiveram pouco efeito adverso na % Nfix de caupi e feijão. - Os experimentos confirmaram a potencialidade que a associação da cv. CNC x 284-4E com a estirpe CM 1528 31-3 tem, de substituir a adubação nitrogenada, quando condições de solo e da planta permitem uma plena simbiose, dispensando inclusive a adubação nitrogenada de arranque. Todavia, a associação cv. Carioca/CM01 31-3 necessita de uma dose de arranque (15 ppm de N) para obtenção de produções econômicas aceitáveis.