Mobilidade de trabalhadores qualificados e a inovação regional no Brasil.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Costa, Ariana Ribeiro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3136/tde-27052019-140723/
Resumo: O entendimento dos fatores locacionais que afetam a inovação ajuda a compreender a localização das atividades inovativas, dentre os quais há a mobilidade de trabalhadores qualificados (trabalhadores com Ensino Superior ou em ocupações técnicas e científicas). Em razão de o conhecimento estar atrelado às pessoas, a transferência desses trabalhadores para outras regiões impacta nas possibilidades e oportunidades de se compartilhar conhecimento. Assim, o objetivo desta tese é avaliar se a mobilidade de trabalhadores qualificados influencia os resultados da inovação no nível regional. A partir dos microdados da Relação Anual de Informações Sociais Identificada (RAIS ID), foi analisada a mobilidade dos trabalhadores formais entre as microrregiões brasileiras em todo o país entre os anos de 2003 e 2008. Os microdados foram inseridos em um banco de dados relacional (PostgreSQL), o que permitiu a criação de indicadores de mobilidade de trabalhadores, construídos para três recortes de trabalhadores: totais, com Ensino Superior e em ocupações técnicas e científicas. Foram calculadas as mobilidades para todas as atividades econômicas e para atividades econômicas selecionadas (Agricultura, Indústria Extrativa e de Transformação), gerando indicadores, a fim de mapear a mobilidade de trabalhadores no Brasil; em seguida, foram realizadas estimações econométricas baseadas na função produção do conhecimento. Entre os principais resultados, observa-se que, em todas as atividades econômicas e ao serem excluídos movimentos de trabalhadores intrarregiões metropolitanas, a entrada de trabalhadores nas microrregiões é benéfica para a inovação. Já para a perda e para a mobilidade bruta de trabalhadores, verifica-se o efeito dos benefícios gerados pela circulação de conhecimento nesses ambientes. Ao se analisar a mobilidade nas atividades econômicas selecionadas, constata-se a importância da mobilidade de trabalhadores qualificados para a inovação, cujo benefício está relacionado com a importância do conhecimento para as atividades inovativas e com a sua exploração nas atividades econômicas selecionadas. O desenvolvimento de capacidades de absorção em determinadas áreas facilita a assimilação e a acumulação de conhecimentos que podem ser derivados da circulação de novos trabalhadores em uma região.