Análise dos poluentes atmosféricos MP10, NO2 e O3 em Salvador-BA e suas relações com fatores meteorológicos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Lima, Letícia Prado
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/14/14133/tde-03122024-141103/
Resumo: As cidades, grandes centros de atividades econômicas e industriais, com tendência crescente de intensificação da urbanização e aumento da frota veicular, e que apesar do avanço das tecnologias e regulação, ainda enfrentam desafios significativos com problemas de poluição atmosférica. No Brasil, a qualidade do ar tem sido mais frequentemente avaliada na região sudeste com a presença de maior quantidade de estações de monitoramento de qualidade do ar ativas. No entanto, o conhecimento sobre a qualidade do ar na região nordeste não é tão abrangente, principalmente, devido a não existência de rede de monitoramento ativas e pouca quantidade de estações de monitoramento em funcionamento. Sendo assim, o presente trabalhou analisou os poluentes ozônio (O3), dióxido de nitrogênio (NO2) e material particulado inalável (MP10), em função da região da cidade, sazonalidade, variabilidade horária e das condições atmosféricas a partir dos dados de oito estações de monitoramento na região urbana de Salvador, capital da Bahia, para os anos de 2014 e 2015 em operacionalização simultânea. As maiores concentrações de MP10 (44,0±22,2 e 44,8±23,8 µg/m³, respectivamente, em 2014 e 2015) e NO2 (23,8±12,7 e 27,1±14,1 µg/m³, respectivamente, em 2014 e 2015) foram observadas na estação Barros Reis. Essa região é caracterizada por significativa atividade industrial e comercial, conectando regiões por avenidas de intenso tráfego veicular, principalmente, caminhões de carga e transporte intensivo de produtos. Enquanto que os menores valores de MP{10 (18,7±10,6 e 16,0±16,0 µg/m³), foram respectivamente, para as estações Dique do Itororó (2014) e Itaigara (2015). O NO2 apresentou as menores concentrações (14,2±8,0 e 15,4±8,4 µg/m³, respectivamente, em 2014 e 2015), na estação Dique de Itororó. Destaca-se que tanto Itaigara quanto Dique de Itororó, estão localizadas entre avenidas, com trafego predominante de veículos leves, sendo regiões predominantemente residenciais com comercio local com mais áreas verdes e de lazer. Portanto, as concentrações desses dois poluentes, MP10 e NO2, devem-se às potenciais fontes de emissão, principalmente, queima de combustíveis por veículos pesados, predominantes na estação Barros Reis. Destaca-se que em todas as oito estações nos dois anos estudados os valores de média anual foram acima da última atualização da recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) tanto para MP10 (15 µg/m³) quanto NO2 (10 µg/m³). Por outro lado, o ozônio apresentou para todas as estações e anos estudados, médias das concentrações máximas de 8 horas entre 11,9±5,7 e 20,8±10,4 µg/m³, bem abaixo da recomendação da OMS (100 µg/m³) com maiores concentrações em setembro e outubro. Esses máximos coincidiram com períodos de menor precipitação (< 100 mm por mês) e entre os de maior irradiação solar (acima de 600 MJ/m²). O3 também apresentou máximos horários entre 10h e 15h, mostrando a importância das reações fotoquímicas.